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Agência Correio
Publicado em 27 de junho de 2025 às 14:00
Um jovem de 19 anos e uma senhora de 83 moram juntos em Milão, e a razão por trás dessa convivência singular surpreende a todos. Sérgio e Gabriella, moradores do mesmo apartamento, exemplificam uma nova forma de moradia que resolve problemas de custos e companhia. >
A cidade de Milão é notória por seus aluguéis exorbitantes, o que obriga jovens, como Sérgio, a buscar alternativas criativas para se estabelecerem. Ao mesmo tempo, idosos, como Gabriella, procuram preencher a lacuna da solidão em suas vidas, encontrando no programa "Leve para Casa" um meio eficaz.>
Milão, na Itália
Essa união intergeracional, portanto, não é apenas uma questão de conveniência, mas uma resposta social a desafios modernos. A história de Sérgio e Gabriella demonstra como a solidariedade pode construir novas e significativas relações.>
Milão, uma das cidades mais caras da Itália, impõe grandes desafios financeiros aos seus moradores, principalmente no mercado de aluguéis. Estudantes universitários, em especial, enfrentam dificuldades para encontrar moradias acessíveis, necessitando de soluções inovadoras.>
Sérgio, vindo de Brescia para estudar no Politecnico di Milano, encontrou na casa de Gabriella a solução ideal. Ele paga um valor bem mais acessível pelo aluguel e desfruta da proximidade com sua universidade, otimizando seu tempo e recursos de forma inteligente.>
A idade avançada pode trazer consigo o peso da solidão, especialmente para aqueles que perdem seus companheiros. Dona Gabriella, uma viúva, decidiu combater esse sentimento ao abrir as portas de sua casa para jovens estudantes. Ela já acolheu dezessete jovens.>
Gabriella afirma que "Meus amigos que moram sozinhos são bem mais tristes", conforme relatado pelo site italiano Open Online, evidenciando a importância da interação. Essa troca constante de experiências e a presença de jovens em sua casa trazem um novo fôlego para sua vida.>
Gabriella é clara ao afirmar que a relação com Sérgio não se configura como de cuidador e paciente, mas sim de colegas de quarto que compartilham uma vida. Eles dividem os espaços e as responsabilidades, criando um ambiente de respeito e autonomia mútua.>
Em Milão, 40 famílias já adotaram essa forma de coabitação, um número que, embora aquém das 600 solicitações anuais do projeto, indica uma tendência crescente. Essa modalidade não apenas alivia o peso dos aluguéis, mas também fortalece laços sociais e comunitários.>