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Felipe Sena
Publicado em 24 de setembro de 2025 às 16:52
Morreu nesta quarta-feira (24), aos 70 anos, Guilherme Reis, que teve uma grande contribuição para a cultura do país. Diretor, ator e roteirista, Guilherme também foi secretário de Cultura do Distrito Federal (DF) entre 2015 e 2018, sendo lembrado e respeitado por vários amigos e personalidades do meio artístico e cultural. >
Guilherme Reis
O artista ficou conhecido por seu trabalho no teatro, no cinema e na produção cultural, quando atuou como curador em eventos, além do cargo que ocupou como secretário de Cultura do governo de Rodrigo Rollemberg.>
Quando assumiu o cargo de secretário de Cultura do GDF, em 2015, criou a Lei Orgânica da Cultura, que estabeleceu o Sistema de Arte e Cultura do DF, além de ter definido regras para o financiamento à cultura. Também foi responsável pelas reformas do Espaço Cultural Renato Russo e Centro de Dança de Brasília.>
O velório acontecerá na quinta-feira (25) no Foyer da Sala Martins Pena do Teatro Nacional, das 12h30 às 15h. Depois, o corpo segue para cremação em cerimônia restrita a familiares.>
Nas redes sociais, vários amigos se despediram de Guilherme, relembrando sua trajetória e comprometimento com a Cultura no Brasil. Inclusive, Rodrigo Rollemberg, atual deputado federal do DF. “Guilherme Reis, nosso Guilla, era uma das pessoas mais queridas que já conheci. Um amigo! Uma energia contagiante! Um produtor! Um ser brilhante! Um Secretário de Cultura que enche de orgulho e gratidão! Tinha por ele um carinho imenso”, escreveu no X, antigo Twitter.>
Leila do Vôlei, esportista brasileira, também se despediu do artista na rede social. “Recebi com tristeza a notícia do falecimento de Guilherme Reis, artista da nossa capital e ex-secretário de Cultura do DF. O DF perde uma grande referência da cena artística local. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, deixou registrado.>
O presidente do Iphan, Leandro Grass, também deixou registrada sua mensagem de carinho. “Hoje Brasília e o Brasil se despedem desse grande artista, produtor e defensor da cultura. Guilherme Reis era um cara querido, entusiasmado com o país e apaixonado pela nossa cidade. Vá em paz, meu amigo! Que seu legado seja cultivado e inspire as novas gerações!”.>
Luis Guilherme Almeida Reis nasceu em 24 de novembro de 1954, em Goiânia (GO), e se mudou para Brasília em 1960, quando iniciou a carreira de ator no teatro, aos 18 anos de idade. Esteve em várias peças como “O Noviço”, “A Vida é Sonho”, “Um Grito Parado no Ar”, entre outras.>
Em 1980, realizou o primeiro trabalho como diretor de teatro, em “A Revolução dos Bichos”. Além de ter dirigido “Chapeuzinho Amarelo” (1981), “Pedro e o Lobo” (1983), “A hora do Pesadelinho” (1991), “Reta do Fim do Fim” (Prêmio Villanueva de Melhor Espetáculo Estrangeiro de 1997 em Cuba) e outros espetáculos.>
Sua carreira no cinema se iniciou em 1982, com o longa “O sonho Não Acabou”, que tinha nomes como Miguel Falabella e Lúcia Veríssimo. Como ator, atuou em “A república dos Anjos” (1991), “O Cego que Gritava Luz” (1996), “O Tronco” (1999) e “Sagrado Segredo” (2009). Como produtor cultural, Guilherme foi curador e responsável pela direção geral do festival de teatro Cena Contemporânea. >