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Mundo tem apenas 3 anos para evitar impactos graves das mudanças climáticas, aponta estudo

Relatório mostra que o tempo está se esgotando para atingir as metas do Acordo de Paris; especialistas pedem ações imediatas

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 27 de julho de 2025 às 15:30

contribuições são fundamentais para definir metas no combate às mudanças climáticas
contribuições são fundamentais para definir metas no combate às mudanças climáticas Crédito: Freepik

Os alertas sobre a crise climática estão cada vez mais frequentes. A África é uma das regiões que mais sofrem com eventos extremos causados pelas mudanças no clima, afetando diretamente a vida das pessoas e suas fontes de sustento.

A próxima edição da COP, conferência anual da ONU sobre o clima, acontecerá em breve. Para ela, todos os 197 países membros devem apresentar planos nacionais atualizados para lidar com a crise climática.

Esses planos, chamados de contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), indicam como cada país pretende reduzir as emissões de gases do efeito estufa, seguindo o Acordo de Paris, um pacto global que visa limitar o aquecimento do planeta.

Um problema recorrente nas COPs é que muitos países atrasam ou sequer entregam esses planos no prazo estabelecido.

Estão se multiplicando com as mudanças climáticas e aquecimento do oceano por Shutterstock

Importância das metas

Esses documentos são essenciais para definir metas de curto e médio prazo. Quando bem elaboradas e alinhadas com os objetivos de desenvolvimento sustentável, as ações propostas podem até tirar 175 milhões de pessoas da pobreza.

Apesar disso, apenas o plano do Reino Unido para a COP30 está atualmente compatível com os compromissos assumidos no Acordo de Paris.

Relatório acende alerta

O relatório anual Indicadores de Mudanças Climáticas Globais faz um levantamento detalhado das emissões líquidas globais, da concentração desses gases na atmosfera e dos impactos no aumento da temperatura média do planeta.

O estudo também analisa extremos climáticos, intensidade das chuvas, elevação do nível do mar e a quantidade de CO₂ que ainda pode ser liberada sem ultrapassar 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, limite considerado essencial para evitar os efeitos mais severos da crise climática.

Segundo o relatório, o aquecimento global causado por atividades humanas chegou a 1,36°C em 2024. Com isso, a média global de temperatura subiu para 1,52°C, ultrapassando o limite crítico.

O que pode ser feito

Para criar estratégias eficazes, os países precisam ter acesso rápido e preciso a dados confiáveis sobre o clima. Também é fundamental que as nações desenvolvidas, que historicamente mais poluíram, assumam a liderança com ações mais robustas e apoiem financeiramente os países em desenvolvimento.

Até agora, só cinco países do G20 (Canadá, Brasil, Japão, Estados Unidos e Reino Unido) entregaram metas para 2035, mesmo o grupo sendo responsável por cerca de 80% das emissões globais.

Outro dado preocupante é que apenas 10 planos enviados para a COP30 mencionam de forma clara o compromisso de abandonar os combustíveis fósseis. A maioria ainda evita esse ponto.

As atenções se voltam agora para as futuras propostas da União Europeia, China e Índia, que serão decisivas para manter vivas as metas de temperatura e demonstrar liderança na luta contra as mudanças climáticas.

Caso apresentem medidas mais ambiciosas, há chance de o mundo sair do discurso e finalmente dar passos concretos rumo a um futuro climático mais seguro.