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Agência Correio
Publicado em 10 de junho de 2025 às 13:30
A NASA, renomada agência espacial, deu um passo revolucionário para desvendar os mistérios do universo, permitindo que as pessoas o experimentem não apenas com os olhos, mas também com os ouvidos. Embora o som não se propague no vácuo espacial, a agência desenvolveu uma técnica inovadora para converter dados complexos em sons audíveis para humanos. >
Anteriormente, a principal contribuição da NASA era visual, revelando as deslumbrantes imagens que hoje conhecemos. Contudo, pensando em incluir a comunidade cega e enriquecer a experiência de todos, a agência agora aposta na sonificação, transformando essas paisagens cósmicas em sinfonias estelares. Essa iniciativa democratiza o acesso à beleza inigualável do espaço.>
Essa abordagem inovadora usa informações coletadas por telescópios e instrumentos para criar uma experiência imersiva. É um convite para explorar o universo de uma forma totalmente nova, expandindo a nossa percepção e oferecendo um novo senso de conexão com o desconhecido.>
Um dos destaques dessa iniciativa é a “mão de Deus” cósmica, um objeto celeste conhecido oficialmente como MSH 11-52. Esta impressionante nuvem de partículas energizadas, popularizada por sua beleza visual em 2023, ganhou uma nova dimensão sonora no ano seguinte. Para capturar seus sons, a NASA uniu dados de diferentes fontes para formar um espectro sonoro único.>
Essa tradução sonora da “mão de Deus” envolveu o Observatório de raios-X Chandra, que gerou sons de cordas. Em seguida, o telescópio IXPE contribuiu com sons de vento, enquanto instrumentos astronômicos baseados na Terra adicionaram sons de sintetizador. A combinação resultou em uma melodia intrigante, permitindo uma imersão auditiva nesse fenômeno cósmico.>
Além da “mão de Deus”, a NASA também sonificou outros objetos notáveis, como a majestosa galáxia espiral M74. Seus dados foram coletados por múltiplas fontes, contribuindo para uma rica tapeçaria sonora. O Observatório de raios-X Chandra produziu sons etéreos vítreos e sons claros relativamente altos.>
O telescópio James Webb, por sua vez, revelou faixas de frequências baixas, médias e altas da galáxia M74, com as estrelas mais brilhantes sendo ouvidas como sons percussivos. Adicionalmente, o Telescópio Hubble contribuiu com sons de sintetizador, e as estrelas e aglomerados brilhantes foram traduzidos como sons metálicos finos dedilhados. Essa orquestra de dados transforma a galáxia em uma experiência sonora complexa.>
Outra fascinante tradução sonora é a da “nebulosa água-viva”, uma supernova identificada como o objeto IC 443. Este evento cósmico foi interpretado através de uma combinação de dados, criando uma paleta de tons. O Observatório de raios-X Chandra e a missão alemã ROSAT juntos produziram tons mais elevados.>
Dados de rádio do Observatório Very Large Array adicionaram tons médios à composição da nebulosa. Finalmente, informações ópticas do Digitized Sky Survey trouxeram tons mais baixos, com as estrelas soando como gotas d'água. Assim, a NASA continua a expandir a forma como percebemos e compreendemos o vasto e silencioso universo.>