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Rede Nordeste, O Povo
Publicado em 9 de maio de 2024 às 21:31
O que aconteceria de alguém caísse em um buraco negro? A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) resolveu responder a essa pergunta na última terça-feira, 7, utilizando uma nova visualização imersiva produzida em um “supercomputador”.
A tecnologia permite que espectadores façam viagens para imergir em um buraco negro. A experiência rastreia uma câmera que se aproxima e depois atravessa o horizonte de eventos de um buraco negro semelhante ao existente no centro da Via Láctea.
Como foi criada a simulação da Nasa?
Para criar as simulações, o astrofísico Jeremy Schnittman se uniu ao cientista Goddard Brian Powell e usou o supercomputador Discover no Centro de Simulação Climática da Nasa.
O projeto gerou cerca de 10 terabytes de dados e levou uma média de cinco dias para ser executado. Um computador comum poderia levar décadas para processar a criação do projeto.
“As pessoas perguntam frequentemente sobre isto. Simular estes processos difíceis de imaginar me ajuda a ligar a matemática da relatividade às consequências reais no universo real”, disse Schnittman.
Como funciona a simulação da Nasa?
Foram criadas duas simulações diferentes: uma em que o astronauta estaria passando em torno do buraco negro e outro em que ele estaria realmente entrando no abismo cósmico.
É possível simular as duas formas tanto por uma visualização em vídeo comum quanto por uma alternativa em 360°, ambas disponíveis no YouTube.
A versão em 360° permite que os espectadores olhem ao redor durante a “viagem” apenas movendo o aparelho em que o vídeo está sendo transmitido ou utilizando o mouse do computador.
O que aconteceria ao entrar em um buraco negro?
Os buracos negros foram descobertos há pouco mais de um século, mas ainda há muitas dúvidas sobre o fenômeno. Na simulação da Nasa, é apresentado um buraco negro supermassivo com 4,3 milhões de vezes a massa do Sol.
A destruição de objetos que caem em buracos negros supermassivos ocorre em apenas 12,8 segundos se esticando como uma espécie de macarrão, segundo o astrofísico da Nasa.
As forças gravitacionais são tão intensas no horizonte de eventos que um objeto é esticado verticalmente e comprimido horizontalmente. O processo mataria rapidamente qualquer ser humano que vivenciasse.