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Agência Correio
Publicado em 18 de setembro de 2025 às 17:18
Em diferentes cidades do mundo, começaram a aparecer pequenas luzes azuis instaladas logo acima dos semáforos, chamando atenção pela novidade e levantando questionamentos sobre sua função. >
Discretos, mas estrategicamente posicionados, esses dispositivos estão sendo testados como uma solução adicional para fortalecer a segurança viária e auxiliar no monitoramento das vias.>
Trata-se de faróis compactos de cor azul, colocados na parte superior dos sinais de trânsito, geralmente logo acima da lâmpada vermelha do semáforo.>
A utilidade deles é objetiva: permitir que policiais e equipes de trânsito identifiquem de forma mais simples quando a luz vermelha está acesa, mesmo em cenários em que o semáforo tradicional não seja facilmente visível.>
Não se trata de uma substituição ao sinal já existente, mas de um mecanismo complementar, voltado a aumentar a clareza e facilitar a fiscalização.>
O sistema trabalha em sincronia com o semáforo comum. Assim, quando a luz vermelha é ativada no sinal, o farol azul posicionado acima também se acende, servindo como indicação extra de que o cruzamento deve ser respeitado.>
Em alguns estados norte-americanos, a tecnologia já foi implementada e os primeiros relatórios mostram que a visibilidade ampliada tem favorecido a vigilância em cruzamentos movimentados.>
Dessa forma, a presença policial pode ser reduzida em determinados pontos, já que o sinal azul permite flagrar infrações a distância ou em ângulos em que a lâmpada vermelha não seria facilmente percebida.>
Avançar no sinal vermelho segue sendo uma das maiores causas de colisões graves e fatais nas estradas.>
Somente em 2023, nos Estados Unidos, ultrapassagens no vermelho resultaram em mais de mil mortes e aproximadamente 136 mil pessoas feridas em acidentes relacionados.>
A expectativa é que o uso das lâmpadas azuis contribua para reduzir esses números, tornando mais fácil para motoristas identificar o momento de parada e para os fiscais detectarem condutas irregulares sem a necessidade de proximidade constante.>
Além disso, garante maior proteção para os agentes, que passam a trabalhar de locais mais seguros, sem a exposição direta ao tráfego intenso dos cruzamentos.>
Apesar das vantagens, há questões práticas a serem enfrentadas. A adoção desse recurso depende de ajustes legais, adaptações técnicas nos semáforos já existentes e campanhas de esclarecimento para que a população compreenda o novo sinal.>
Outro desafio será avaliar, ao longo do tempo, se o farol azul de fato diminui as infrações de trânsito, ou se apenas transfere o problema para outras condutas inadequadas e situações não previstas.>