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Agência Correio
Publicado em 7 de agosto de 2025 às 13:00
Você já encostou uma concha no ouvido e escutou um barulho que lembra as ondas do mar? Esse som icônico não é magia – é ciência pura. A explicação está na forma como a concha captura e amplifica os sons ao redor. >
Mas por que o ruído parece tão semelhante ao oceano? Tudo depende da estrutura da concha, que age como uma caixa de ressonância natural, transformando sons comuns em uma experiência sonora única.>
De onde vem o som das conchas?
A concha funciona como um amplificador natural. Suas curvas internas capturam vibrações do ambiente – como vozes, vento ou até o fluxo sanguíneo do seu ouvido – e as reverberam em frequências específicas.>
Conchas maiores tendem a ecoar sons graves, enquanto as menores destacam tons agudos. O material também influencia: conchas mais espessas ou com composições calcárias produzem reverberações distintas.>
O som não vem do mar, mas da amplificação de ruídos ao nosso redor. Em ambientes barulhentos, o efeito é mais intenso; no silêncio, quase imperceptível.>
A física por trás desse efeito chama-se ressonância acústica. Quando as ondas sonoras externas entram na concha, elas "quicam" em suas paredes, criando um eco contínuo.>
Instrumentos musicais, como violões, usam o mesmo princípio em suas caixas de ressonância. Na concha, o ar circula pelas cavidades internas, gerando um som suave e constante – que nosso cérebro, por associação, interpreta como mar.>
Aqui entra a psicologia: nossa memória auditiva liga conchas à praia. Ao ouvir o ruído reverberado, o cérebro preenche a informação com a referência mais óbvia – as ondas.>
Dica: Teste conchas de formatos diferentes. Uma espiral mais fechada produz um "shhh" suave, enquanto uma abertura maior gera um som mais aberto, como ondas quebrando.>
Outros elementos naturais produzem efeitos parecidos:>
Esses princípios inspiraram a acústica de teatros e estúdios de gravação. Afinal, a natureza sempre foi a primeira engenheira de som.>
A próxima vez que levar uma concha ao ouvido, lembre-se: você não está ouvindo o mar, mas sim a física e a biologia trabalhando juntas. Um lembrete de que até nas pequenas coisas há ciência – e poesia – para descobrir. >