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Quais cobras são capazes de comer um ser humano?

Embora incomum, acontecimentos do tipo já foram registrados

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 23 de julho de 2025 às 05:29

A píton-reticulada possui casos registrados
A píton-reticulada possui casos registrados Crédito: Rushenb/Wikimedia Commons

Embora pareça coisa de filme de terror, há registros reais de cobras que engoliram seres humanos inteiros. Essas ocorrências, apesar de raras, chamam atenção e causam pavor.

Segundo especialistas, apenas duas espécies têm condições físicas de devorar uma pessoa: a sucuri verde brasileira e a píton-reticulada asiática.

Um dos casos mais conhecidos ocorreu na Indonésia, onde essas serpentes perigosas são mais comuns. Lá, as pítons-reticuladas foram flagradas com vítimas humanas inteiras em seus corpos.

*As espécies capazes de devorar humanos

Segundo o biólogo Lucas Simões, do Instituto Butantã, duas espécies se destacam pela capacidade física de engolir grandes presas: a sucuri verde brasileira (Eunectes murinus) e a píton-reticulada (Malayopython reticulatus).

Essas cobras possuem mandíbulas extremamente flexíveis, que permitem a ingestão de animais como porcos, javalis e até jacarés inteiros. Mas, no caso de seres humanos, os registros se restringem à Ásia.

Os casos confirmados e documentados

Simões explica que apenas a píton-reticulada tem casos documentados envolvendo humanos. “Só há relatos documentados e registrados – inclusive com comprovação de fotos e vídeos – envolvendo cobras pítons-reticuladas que consumiram seres humanos, especialmente em áreas rurais do Sudeste Asiático”, afirmou à National Geographic.

A cobra krait-comum é noturna e tem hábitos reclusos, caçando principalmente outras cobras e pequenos mamíferos (Imagem: AjayTvm | Shutterstock) por Imagem: AjayTvm | Shutterstock

Já a sucuri brasileira nunca teve um caso comprovado de ingestão humana, apesar da fama alimentada pela cultura popular e novelas como *Pantanal*, onde a cobra aparece em cenas icônicas.

Como essas cobras matam suas presas

Essas serpentes pertencem ao grupo das constritoras. Diferente das peçonhentas, elas não usam veneno para abater suas vítimas, mas sim uma técnica de esmagamento muscular.

“Diferente do que se pensa, a morte do animal não ocorre por asfixia, mas principalmente por colapso circulatório – a constrição interrompe a circulação sanguínea, levando à parada cardíaca da presa em poucos minutos”, explica o biólogo Lucas Simões.

A anatomia que permite o feito

Essas cobras possuem mandíbulas que não são conectadas rigidamente, como nos mamíferos. Suas vértebras e costelas também são muito flexíveis, o que permite uma enorme dilatação do corpo.

Essa adaptação faz com que elas possam engolir presas com diâmetros superiores ao seu próprio corpo, um feito biológico impressionante – e, em certos casos, assustador.

O processo de digestão é lento e intenso

Depois de engolir a presa, o trabalho das serpentes continua internamente. A digestão de um animal grande é um processo longo e intenso, como explica o professor Stephen M. Secor, da Universidade do Alabama.

“A presa se decompõe lentamente graças à ação combinada do ácido clorídrico e a enzima pepsina”, afirmou ele à BBC. Esse processo pode levar dias ou semanas, dependendo do tamanho da vítima.

Humanos não fazem parte da dieta

Apesar dos casos chocantes, os humanos não fazem parte do cardápio natural dessas cobras. Os episódios com vítimas humanas são exceções, geralmente envolvendo pessoas que vivem próximas a habitats naturais das serpentes.

Na Indonésia, por exemplo, fazendeiros que trabalham em regiões rurais acabam tendo contato mais direto com pítons. Isso aumenta os riscos, mesmo que os incidentes sejam extremamente raros.

Medo real, mas risco baixo

A imagem de uma cobra gigante engolindo uma pessoa inteira pode causar calafrios, mas é importante entender que esses casos são muito isolados. Ainda assim, saber quais espécies são capazes disso ajuda a evitar encontros perigosos.

Na dúvida, ao visitar áreas com presença conhecida dessas cobras, o melhor é manter distância e respeitar os ambientes naturais. Afinal, o fascínio pelas serpentes deve vir acompanhado de cuidado e informação.