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Quem nasceu nos anos 60 e 70 desenvolveu 9 forças mentais que estão desaparecendo nas gerações atuais

Pesquisa repercutida na França mostra como uma formação baseada na experiência prática influenciou o equilíbrio emocional dessas gerações

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 21:00

O estudo deixa claro que não se trata de idealizar as décadas de 1960 e 1970
O estudo deixa claro que não se trata de idealizar as décadas de 1960 e 1970 Crédito: Freepik

Uma notícia positiva para quem hoje está na faixa dos 50 e 60 anos: segundo um estudo citado pelo jornal francês Ouest-France, pessoas nascidas nas décadas de 1960 e 1970 desenvolveram habilidades mentais que vêm se tornando menos comuns na sociedade atual, de acordo com a Psicologia.

A pesquisa aponta que essas características foram moldadas por um modo de vida mais simples, porém mais exigente. O dia a dia trazia desafios constantes e poucas soluções imediatas.

SANTOS - Sobrenome vem do termo latino sanctus, que significa “sagrado” ou “santo”. Linhagem possivelmente teve origem na Sierra de los Santos, na região da Andaluzia, no sul da Espanha. Na Idade Média, o nome Santos também era atribuído a indivíduos nascidos em 1º de novembro, data comemorada como o Dia de Todos os Santos. por Imagem: New Africa | Shutterstock

A falta de telas e o fato de assumir responsabilidades desde cedo tiveram papel decisivo nesse processo. Como consequência, competências como paciência, autonomia e tolerância à frustração foram mais estimuladas, traços que hoje nem sempre aparecem com a mesma intensidade entre os mais jovens.

Competências psicológicas mais presentes nessas gerações

1) Paciência

Em uma época em que tudo levava mais tempo, saber esperar fazia parte da rotina. Psicólogos apontam que essa vivência contribuiu para escolhas mais conscientes e uma relação mais serena com o tempo.

2) Controle emocional

O estudo indica que, naquele período, o raciocínio lógico costumava prevalecer sobre reações impulsivas. O autocontrole desenvolvido na infância aparece associado, mais tarde, a menos ansiedade e estresse.

3) Satisfação com o essencial

Com menos consumo e menor pressão por mudanças constantes, essas gerações construíram um senso maior de contentamento e desapego material.

4) Confiança na própria capacidade

Diferentemente da tendência atual de atribuir tudo a fatores externos, quem cresceu nesse contexto aprendeu a valorizar esforço, disciplina e responsabilidade individual.

5) Resistência ao desconforto

A ausência de respostas rápidas tornou o incômodo algo comum. Essa experiência ajudou a desenvolver flexibilidade emocional e resiliência ao longo da vida.

6) Resolução prática de problemas

Resolver situações sem apoio tecnológico, consertar objetos ou se orientar por mapas eram atitudes corriqueiras. Isso fortaleceu a autonomia e a confiança pessoal.

7) Capacidade de esperar recompensas

Aprender que os resultados nem sempre são imediatos favoreceu o autocontrole e reduziu a impulsividade. Uma meta-análise de 2020 aponta que a autorregulação na infância está ligada a melhor desempenho acadêmico e saúde mental na vida adulta.

8) Atenção prolongada

Ler por longos períodos, escrever cartas ou ouvir discos inteiros ajudou a desenvolver maior capacidade de concentração, bem diferente do ritmo acelerado atual.

9) Enfrentamento direto de conflitos

A comunicação presencial ensinou a interpretar gestos, expressões e a exercitar a escuta ativa, contribuindo para uma comunicação mais clara e eficiente.

Um aprendizado que segue atual

O estudo deixa claro que não se trata de idealizar as décadas de 1960 e 1970, que também foram marcadas por desigualdades e dificuldades sociais.

A intenção é mostrar que alguns aspectos desse estilo de vida ainda podem servir de referência hoje. Conforme destacado no artigo, que também teve repercussão no portal argentino Infobae, o avanço tecnológico nem sempre vem acompanhado de maior força emocional ou mental.