Reality com cenas eróticas, 'Soltos em Floripa' tem trechos proibidos

Juíza de Santa Catarina concedeu liminar que suspende exposição de duas jovens

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  • Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2020 às 19:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Cartaz de Soltos em Floripa, reality show exibido pelo Amazon Prime Video (Foto: Divulgação) A Justiça de Santa Catarina determinou a suspensão de cenas de 'Soltos em Floripa', reality show exibido pela Amazon Prime Video. A decisão liminar foi deferida pela juíza Ana Luisa Schmidt Ramos, que alega que o programa viola o direito à intimidade dos participantes.

De acordo com informações do site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), duas jovens admitiram nos autos que assinaram contrato para atuação como figurantes, participando da atração e liberando suas imagens para exibição. Porém, foram gravadas "cenas de cunho erótico que, embora consentidas, extrapolavam o direito à intimidade de ambas".

As mulheres entraram com ações distintas pedindo para serem excluídas dos episódios de 'Soltos em Floripa' e a decisão foi deferida pela juíza no último fim de semana.

"Pois bem, se não dá para dizer que a autora autorizou - ou não -, em algum momento, o uso de suas imagens, uma coisa é certa. Ela agora não quer mais ver sua intimidade e sua vida privada exposta ao público. Vale dizer: se é que um dia houve contrato entre elas e as rés, ela agora expressamente revogou unilateralmente esse contrato e quer ver cessadas imediatamente as condições eventualmente ajustadas", registrou a magistrada.

A juíza concedeu a tutela de urgência para que os responsáveis retirem a imagem das duas figurantes de todos os episódios do programa, sob pena de multa diária de R$ 500. Ana Luisa Schmidt Ramos também pede que suas imagens sejam subtraídas do material de divulgação do seriado, sob pena de multa de igual valor por dia de desobediência.

A magistrada ainda determinou que, no prazo legal de cinco dias após a citação, todos os contratos, vídeos, fotos e quaisquer outros registros audiovisuais que estejam sob domínio da produtora sejam apresentados em juízo. Os processos correm em segredo de Justiça.

Segundo a coluna de Leo Dias, do UOL, figurantes alegavam ter sido embebedadas para conceder a cessão de suas imagens. O jornalista afirmou que procurou a Amazon Prime que, por meio de assessoria de imprensa, alegou que não recebeu quaisquer citação judicial - e que, por isso, não iria comentar o assunto.