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Da Redação
Publicado em 9 de março de 2020 às 13:05
- Atualizado há 2 anos
Foto: Reprodução/TV Globo A transexual Suzy de Oliveira, que comoveu o país após revelar que não recebia visitas há oito anos durante uma reportagem de Drauzio Varella no Fantástico (TV Globo), foi condenada por estuprar e estrangular uma criança em 2010.>
Presa na Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos, interior de São Paulo, Suzy teve documentos divulgados por um grupo de advogados. O material revela que o crime foi cometido em maio de 2010, no bairro de União de Vila Nova, na capital paulista. >
De acordo com os autos de um pedido de revisão criminal feito pela defesa à Justiça, após abusar da vítima, um menino de 9 anos, "com a finalidade de assegurar a impunidade pelo crime anterior, o peticionário matou o ofendido mediante meio cruel, consistente em asfixia, e se valendo de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, haja vista tratar-se de criança, com mínima capacidade de resistência".>
Antes da divulgação dessas informações, Suzy havia recebido 234 cartas, 16 livros, duas bíblias, maquiagens, chocolate, envelopes e canetas.>
A advogada de Suzy, Bruna Paz Castro, afirmou ao portal R7 que vai visitar a cliente nesta segunda-feira (9) e só irá se pronunciar sobre o caso após o encontro.>
Após a divulgação da reportagem, muitos internautas se mobilizaram para enviar cartas para Suzy, dias antes da revelação sobre o crime que ela cometeu. >
A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou que a reeducanda Suzy cumpre pena por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável (menor de 14 anos).>
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou nesse domingo (8) que, por se tratar de processo que tramita sob segredo de Justiça, não poderia se pronunciar sobre o caso. >
Nas redes sociais, internautas criticaram Drauzio e o programa Fantástico. Em esclarecimento postado em seu Twitter, o médico afirmou que, no caso da reportagem, nada perguntou às entrevistadas sobre os delitos cometidos. Disse que adota essa conduta para evitar que seu julgamento pessoal interfira em seu trabalho. >
Leia a nota divulgada por Drauzio Varella, e endossada pela direção do Fantástico no programa desse domingo, na íntegra:>
“Há mais de 30 anos, frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares em que pratico a Medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado. Sigo essa conduta para que mu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico. No meu trabalho na televisão, sigo os mesmos princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (1/3), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz”.>
Com informações do portal R7 e do JC Online.>