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A mistura da percussão e dos instrumentos de sopro animam a Escadaria do Passo

A Orkestra Rumpilezz trouxe seu estilo musical único na quinta e penúltima apresentação

  • Foto do(a) author(a) Yasmin Oliveira
  • Yasmin Oliveira

Publicado em 1 de março de 2024 às 21:50

A penúltima apresentação aconteceu na noite desta sexta (01)
A penúltima apresentação aconteceu na noite desta sexta (01) Crédito: Paula Froes/CORREIO

Um público bastante animado se juntou nos degraus da Escadaria do Passo para conferir o projeto Funfun no Passo, da Orkestra Rumpilezz, nesta sexta-feira (1 º). Além do público na rua, o evento foi acompanhado com animação por quem assistia das janelas das casas em redor.

“Cada um tem o seu sentimento com a música, mas a gente pode perceber isso. A Rumpilezz já teve vários pontos de sede, agora está tocando aqui na Escadaria do Passo e é muita felicidade para a gente, muito prazer, porque o Pelourinho é muito mágico, tem muita energia e muita história”, conta o multi-instrumentista Tiago Nunes.

Os degraus estavam lotados
Os degraus estavam lotados Crédito: Paula Froes/CORREIO

A quinta e penúltima apresentação do Funfun no Passo junta os três álbuns em um mesmo show: Leitieres Leite & Orkestra Rumpilezz, A Saga Travessia e Moacir de Todos os Santos.

A cantora paulista Jaqueline da Silva, 31, veio para o show a convite das amigas Rosane de Pacheco, 65, e Francelle Maciel, 30. No entanto, o Rumpilezz já estava nas suas playlists. “É a primeira vez que eu venho ao show. Então, é uma alegria poder prestigiar a música popular brasileira, baiana, fantástica, em uma linguagem única. Sem dúvida, é uma experiência”, contou.

O repertório varia desde A grande mãe, Anunciação e Temporal, até O samba nasceu na Bahia e Aláfia, para finalizar com Taboão. O destaque da apresentação é a ala de percussão, composta por cinco músicos, todos vestidos de branco, e que tocam na frente do palco, enquanto outros 14 músicos complementam a Orkestra com instrumentos de sopro.

O músico gaúcho André Becker conta que entrou na Orkestra em seu início, 2006, mas o projeto já estava sendo preparado desde o ano anterior. O projeto Funfun no Passo é temporário, mas o artista acredita que poderá ser estendido pela quantidade de pessoas lotando a Escadaria para assistir a Orkestra.

André Becker tocando flauta durante o show da Rumpilezz
André Becker tocando flauta durante o show da Rumpilezz Crédito: Paula Froes/CORREIO

“Essa orquestra permite que eu faça o que mais quero fazer, que é ser instrumentista. A gente fez umas temporadas aqui na praça Tereza Batista que foi um período quase de dois anos, com shows toda semana, e é um encontro maravilhoso, então voltamos a abraçar a energia de Salvador”, contou o músico.

Para o chefe de naipe Tiago Nunes, a Rumpilezz ser voltada para a percussão é uma motivação a mais. “Aprendi muita coisa com o maestro, eu me sinto preparado para o mundo. Ele abriu minha cabeça sobre compasso, como contar, como entender a música. A música ancestral, uma música dentro de mim pela minha relação com o terreiro do candomblé, já existe, mas ele me fez entender mais, me deu mais clareza”, explica o chefe de naipe, Tiago Nunes.

Do agogô ao atabaque e da flauta até a tuba, a Orkestra prende a atenção do público, que se divide entre o olhar fascinado e o balanço ao ritmo da música. O grupo completa a sua maioridade em 2024 e foi formado em 2006 pelo Maestro Leitieres Leite. Após a morte de Leitieres, em 2021, a Orkestra se tornou um coletivo onde os instrumentos são guiados por Tiago Nunes e André Becker.

“Todo show da Rumpilezz é novidade, muita coisa acontece porque cada show é meio que único. Esse novo show está sendo muito desafiador, porque a gente estava muito acostumado em ter ele [Leitieres] ali na frente, regendo, embora a gente esteja mostrando que somos um coletivo e que vamos deixar o legado dele muito vivo”, disse Tiago.

A artesã Rosane de Pacheco conta que este não é o seu primeiro show da Rumpilezz, mas é sempre bom assistir uma nova apresentação do grupo. “Eu me lembro da primeira apresentação, quando o maestro ainda era vivo. É uma coisa que ficou muito marcada em mim, então, sempre que eu tenho a oportunidade de assistir ou de trazer as pessoas para assistir é algo que é muito importante para manter vivo esse trabalho tão lindo que ele trouxe para nós”, disse.

Ao tocar Honra ao Rei, os músicos tiraram alguns minutos para falar da importância do legado deixado pelo maestro Leitieres e como em todas as vezes em que eles vão apresentar a canção, ela é dedicada ao mestre.

“É uma orquestra premiada no Brasil, já fez turnês para a Europa, Estados Unidos e ela é aclamada tanto pelo público, quanto pela crítica. Acima de tudo, acho que ela leva a música de raiz afro-baiana para o mundo numa outra escala, colocando a percussão num lugar de destaque, que é um lugar que ela nunca teve. E a percussão é, de fato, a matriz da Orkestra Rumpilezz”, diz a coordenadora da gestão comercial do Instituto Rumpilezz, Marília Carneiro.

A apresentação terminou com pedidos de bis do público. A última apresentação do projeto acontece na 1ª sexta-feira de abril, na Escadaria do Passo, às 19h. “Funfun no Passo” faz parte da programação do Distrito Cultural do Centro Histórico e Comércio e é fruto da parceria da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e Empresa Salvador Turismo (Saltur), com a Orkestra Rumpilezz.

Missa Campal no Largo do Pelourinho

O Largo do Pelourinho recebe a Missa Campal com padre Lázaro Muniz, o grupo musical da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e, após a missa, a apresentação da Orquestra Afrosinfônica, tocando um repertório pensado especialmente para a Terça da Benção, que acontece na primeira terça-feira do mês (dia 05), a partir das 17h30.

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo