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Doris Miranda
Publicado em 27 de novembro de 2025 às 06:00
Quatro décadas e meia de produção do artista plástico Alberto Pitta estão reunidas na exposição inédita Alafiou, que será aberta nesta sexta-feira (28), às 17h, no Espaço Lina Bo Bardi do MAM-BA. A mostra reafirma a centralidade da cultura afro-brasileira na obra do artista baiano e destaca seu compromisso com o registro e a preservação de saberes tradicionalmente transmitidos pela oralidade. >
Inspirada na máxima de Mãe Stella de Oxóssi — “o que não se registra, o tempo leva” — a exposição revela uma estética profundamente enraizada no candomblé, traduzida por Pitta em grafismos, tecidos, colagens, instalações e matrizes. Com curadoria de Daniel Rangel, diretor do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_Bahia), Alafiou reúne desenhos, peças de design, pinturas recentes e obras que dialogam com a trajetória internacional do artista, que já participou da Bienal de Sydney, da Bienal de São Paulo e da mostra O Quilombismo, em Berlim.>
Filho de Mãe Santinha de Oyá e referência na criação de identidades visuais de blocos como Olodum, Ilê Aiyê e Cortejo Afro, Pitta consolidou uma linguagem que atravessa o sagrado e o profano.>
A exposição Alafiou integra a programação do seminário internacional Arquipélago Glissant, que acontece até sábado (29) , com atividades no MAM-BA, no Pivô Salvador e na Ufba, incluindo debates, performances e exibições de filmes dedicados à atualidade do pensamento do filósofo martinicano Édouard Glissant.>