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Azeites produzidos no Brasil entram para a elite mundial de olivicultura

Marcas brasileiras de extravirgem coquistam posições de destaque num dos principais guias do mundo

  • Foto do(a) author(a) Ronaldo Jacobina
  • Ronaldo Jacobina

Publicado em 4 de outubro de 2025 às 05:00

Azeite Sabiá  Crédito: Fotos: Divulgação 

Não bastasse estar se tornando um grande produtor de vinhos, o Brasil agora está ganhando espaço no universo dos azeites. O Flos Olei 2026, o guia internacional mais importante do mundo no segmento de azeites, cravou nove produtos brasileiros no seu prestigiado ranking que anualmente elege os melhores do planeta. Desta vez, a publicação, considerada o atlas da olivicultura, avaliou cerca de 500 propriedades em 57 países espalhados por cinco continentes.Nesta atual edição, estes produtos Made in Brazil passaram a integrar a elite mundial da olivicultura. Destes, sete são gaúchos e dois de origem mineira. O já famoso Sabiá (RS) obteve 98 pontos, a maior nota da história de um azeite brasileiro no guia, sendo reconhecido como o melhor do mundo na categoria "monovarietal – frutado médio”; seguido dos também gaúchos Prosperato que ficaram com um ponto a menos (97), e o Estância das Oliveiras, que empatou com o mineiro Lagar H, com 93 pontos. “Estar entre os melhores azeites do mundo, com 98 pontos de 100 no Flos Olei, é a recompensa pelo nosso empenho diário e, sobretudo, a prova de queo Brasil também produz azeites de excelência”, afirma Bia Pereira, sócia do Azeite Sabiá.

Azeite Prosperato 

Do Rio Grande do Sul entraram no guia também o Capela de Santana (90), o Azeite Bem-Te-Vi (89) e o Al-Zait & Cia, com 87 pontos; o Capela de Santana, com 90; o Azeite Bem-Te-Vi (89) e o Al-Zait & Cia, com 87 pontos. Para fechar a lista Made in Brazil, foram incluídos os mineiros Azeite Veroli e o Borriello que receberam 86 e 81 pontos respectivamente. A escolha para integrar o guia é feita por um júri de especialistas que faz uma rigorosa avaliação com base em critérios técnicos, que incluem análise sensorial, qualidade do frutado, equilíbrio, persistência e práticas de manejo com pontuação que vai de 80 a 100 pontos. A conquista de um lugar na seleta lista, especialmente para o Brasil que teve seu primeiro azeite incluído no ranking há apenas uma década, é motivo para muita celebração. Dos produtores e do mercado. Afinal, o Guia, que é publicado em vários idiomas, serve como referência mundial para o mercado, para o consumidor e para os profissionais que atuam no segmento de alimentos.

Azeite Bem-Te-Vi

A entrada do azeite brasileiro no mercado internacional vem ganhando força graças a uma união de fatores como a melhoria na qualidade da produção, a escassez global e ao reconhecimento nas premiações, como o Flos Olei e o EVO IOOC Italy, um dos mais prestigiados concursos internacionais de azeite extravirgem (EVOO), realizado em Roma, que elege, através de um corpo de jurados formado por especialistas, os melhores produtores que ganham lugar na publicação de um guia.

Azeite Capela de Santana

Foi nestas premiações que o Azeite Colhida, de Sapucaí-Mirim (MG), conquistou duas medalhas no TerraOlivo 2025, uma outra importante competição de azeites extravirgens do mundo. Com isso, a valorização dos azeites brasileiros no mercado internacional só fez crescer nos últimos anos. No ano passado, o Brasil recebeu mais de 320 prêmios internacionais, conquistando o quinto lugar no EVOO World Ranking, se colocando à frente de países produtores há vários séculos, como Grécia e Turquia.

Azeite Al-Zait 

Apesar dos avanços e das conquistas, ainda estamos distantes de nos tornar competitivos, afinal a produção brasileira ainda não atingiu 1% do consumo interno, embora o crescimento venha acontecendo. No caso da Bahia, já se produz azeite, especialmente na região da Chapada Diamantina, mas não em grande escala ainda. A produção é ainda tímida, mas ainda assim, já podemos nos orgulhar de ter uma premiação internacional. Em 2021 um azeite produzido em Rio de Contas teve sua qualidade reconhecida no concurso francês Olio Nuovo. Bests of the Southern Hemisphere. O que significa que o terroir daquela região do estado tem potencial.