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Alô Alô Bahia
Publicado em 18 de fevereiro de 2024 às 17:54
De origem simples, Marina Morena conheceu a família Gil ainda na infância, quando sua mãe biológica, Keka Almeida, frequentava o terreiro do Gantois, em Salvador, junto com Flora Gil. "Éramos de classe média baixa. Estudava em escola católica, da elite baiana. Meu pai não pagava a mensalidade, acumulava dívidas, tinha um carro caindo aos pedaços. E eu idealizava a mãe que não era a minha, a que ia à reunião da escola com a bolsa Chanel", revela Marina ao caderno Ela, do jornal O Globo, do qual estampa a capa deste domingo (18). >
Ainda jovem, acostumada a passar os verões ao lado dos Gil, passou a admirar a maneira como Flora administrava tudo e, também talentosa para os negócios, foi acolhida pela empresária. "Comecei no Expresso 2222 e acabei indo com ela para o Rio", relembra Marina, que, mesmo não carregando o sangue dos Gil nas veias, nunca se sentiu preterida.>
"Nem um pouco. Eu era tratada igual aos filhos. Eu e João, ainda crianças, vendíamos discos do Gil em uma barraquinha na rua, durante os shows", conta Marina à repórter Laís Rissato, resgatando seu tino para os negócios e sua relação mais próxima com Bela, Bem, João e principalmente Preta, com quem se mudou, em 2004, para São Paulo, trabalhando como sua assistente.>
"Tudo o que Marina conquistou é por mérito próprio. E, mesmo tendo um ar meio blasé, as pessoas gostam dela espontaneamente. Quando se casou, o altar tinha duas mães", conta Flora ao O Globo.>
Além da visão para os negócios, Marina sempre demonstrava apreço pela moda e, cada vez mais bem relacionada e com acesso a grandes marcas e figurões, como Ricardo Tisci e Domenico Dolce, da Dolce & Gabbana, acabou por nutrir uma compulsão, que virou seu mais novo negócio, anunciado no meio do ano passado: a plataforma de upcycling Shop & Share, na qual permite o aluguel e compra compartilhada de roupas e acessórios, com exceção de bolsas.>
Graças à novidade, diz controlar melhor o próprio problema, apesar de não achar que está "curada". "Para ser honesta, ainda não parei (de comprar). Talvez, a origem seja uma frustração por não ter trabalhado com moda antes. Mas agora, antes de comprar uma peça, penso se vou conseguir alugá-la", diz.>
O negócio começou natural e informalmente, com empréstimos aos amigos. "Perdia muitas (peças), porque algumas pessoas não devolviam ou eu esquecia de cobrar. Tinha que organizar isso", conta Marina, que, além de itens próprios, disponibiliza looks de outras estrelas de seu círculo íntimo, como Fernanda Paes Leme, Juliette e Anitta. "Queremos fazer a moda circular", explica a empresária sobre a plataforma.>
O negócio é comandado em meio aos trabalhos na MAP Brasil, empresa na qual é sócia, desde 2016, com Amanda Gomes e através da qual conecta grandes celebridades a marcas tão relevantes quanto. Hoje, ela é responsável pelos negócios de personalidades como Regina Casé, Thaila Ayala e Cris Vianna, além da própria Anitta. >
Foi Marina, por exemplo que aproximou a "Poderosa" do diretor criativo Giovanni Bianco, com quem criou o álbum "Bang" e, em seguida, fez a ponte com Madonna para a música "Faz Gostoso". Fazer do novo investimento um case internacional como o da cliente e amiga, inclusive, é um dos sonhos de Morena. "Quero que a Shop & Share alcance um número máximo de usuários e as pessoas tenham a consciência de que a roupa precisa circular. Quem sabe não faço a plataforma ser internacional?", questiona.>
Por José Mion, com informações do caderno Ela/O Globo. Fotos: João Viegas com styling de Felipe Velozo (Marina usou peças disponíveis na Shop & Share, de marcas como Saint Laurent, Mugler e Schiaparelli).>
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