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Giuliana Mancini
Publicado em 13 de março de 2019 às 16:58
- Atualizado há 2 anos
Chip anticoncepcional. Com esse nome, no maior estilo ‘moderninho’, o método está ganhando cada vez mais brasileiras adeptas. Como a dançarina e digital influencer Lore Improta - que tem quase 6 milhões de seguidores no Instagram (@loreimprota).Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração, tecnologia, pets, bem-estar e as melhores coisas de Salvador e da Bahia: “Eu gosto bastante. Sempre tive mestruação desregulada e melhorou. Sem contar que Léo queria muito ter um filho logo - aí eu coloquei esse chip que dura três anos”, diz, aos risos, a noiva do cantor Léo Santana. Lore Improta é adepta do método (Foto: Reprodução/Instagram) Ficou curioso? A gente te explica tudinho sobre ele. Primeiro: chip é só um apelido descolado. O nome usado pelos médicos é implante anticoncepcional. >
“É um pequeno bastonete, que mede 4 cm por 2 mm de diâmetro e deve ser colocado na face interna do braço da mulher”, explica o médico ginecologista e obstetra José Carlos Gaspar, conselheiro do Cremeb. O implante é um pequeno bastonete - parece um palito (Foto: Shutterstock/Reprodução) “Ele atua liberando um hormônio (progestágeno) no sangue de forma contínua, diariamente, impedindo a ovulação. Ele altera o muco cervical, impedindo a passagem do espermatozóide. Tem eficácia maior que 99%”, completa Ana Paula Costa Dourado, ginecologista, obstetra e coordenadora do Pilar de Ginecologia e Obstetrícia do curso de Medicina da FTC.>
Segundo a profissional, há alguns casos em que o implante não é indicado. “Pacientes com trombose atual ou recente, problemas hepáticos, sangramento vaginal sem causa específica, suspeita de gravidez ou gravidez confirmada, doenças malignas hormônio-dependentes e alergia ao produto ativo”, aponta. Ele atua liberando progestágeno no sangue (Foto: Shutterstock/Reprodução) Para optar por esse método é preciso, antes, fazer uma avaliação com o (a) ginecologista. Se aprovado, será o médico, treinado, que irá colocar o implante, que pode ser ser adquirido em redes de farmácias ou distribuidoras de medicações e já vem com o próprio aplicador descartável. “(Bota-se) do primeiro ao quinto dia do ciclo, a partir da indicação do seu ginecologista”, lembra José Carlos.>
Lado bom Como Lore adiantou, dura três anos - depois disso, é preciso trocar por um novo. >
Daí vem uma vantagem: o preço gira entre R$ 900 e R$ 1.300. Se comparar com o que seria gasto, no mesmo período, com pílulas anticoncepcionais (uma média de R$ 40/mês), você sai na economia com o implante. Isso porque as cartelas com as pílulas, tomadas todos os 12 meses dos três anos, somariam, ao fim, R$ 1.440. >
“Outra grande vantagem do implante é para as pessoas mais esquecidas. Como é implantado, não tem como esquecer de tomar - diferente das pílulas”, fala o ginecologista Airton Ribeiro da Silva Filho, membro do corpo médico da Clínica CAM. Assim, a eficácia está garantida. O implante já vem com o aplicador descartável (Foto: Shutterstock/Reprodução) O método também tem “efeito contraceptivo reversível, com retorno rápido ao ciclo menstrual normal após sua retirada. Não interfere no contato íntimo e melhora a Tensão Pré Menstrual (TPM)”, aponta Ana Paula.>
Lado ruim Caso a paciente não se adapte ao implante, será necessário retirá-lo e o pagamento pela compra do método, claro, não será ressarcido. “Aí, o custo fica alto. Também há risco de dor, hematoma e edema ao colocar o implante, se o manejo não for bem feito”, diz Airton.>
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Além das desvantagens que pode-se ter na adaptação e na aplicação, é possível que o anticoncepcional também provoque alguns efeitos colaterais. >
“Pode causar irregularidade menstrual (principalmente, nos primeiros seis meses), aumento de peso, dor de cabeça, manchas na pele e alteração do humor”, lembra Ana Paula.>
“É fundamental a avaliação periódica, anual, com o ginecologista. A sua saúde é o seu bem maior”, finaliza José Carlos.>