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Leo Amaral
Publicado em 4 de março de 2015 às 09:37
- Atualizado há 3 anos
Há quem diga que a satisfação de uma bela refeição não está só no ato de comer, mas em fazê-la. Para outros, a cozinha é um território difícil de transitar. Seja lá qual for a sua, desenvolver as próprias habilidades gastronômicas através de cursos de curta duração pode ser ótima atividade terapêutica, caminho para melhorar a alimentação ou jeito de descobrir um novo prazer para receber amigos e familiares com pratos feitos por você mesma. >
É possível aprender técnicas de corte de carne, como fazer tortas doces, o preparo de algum prato específico, como risoto, ou mesmo se aventurar nas culinárias francesa, tailandesa ou japonesa. >
As aulas, em grupo, vão além do prazer de cozinhar e comer harmonizando com vinhos. Na divisão da mesa com desconhecidos, podem surgir novos bons amigos. Os cursos disponíveis na cidade possuem duração mínima de três horas, em horários flexíveis. >
Se você já tem uma turma de amigos que gostam de cozinhar, é possível juntar a galera e propor o tema das aulas. Ficou interessado? Conheça um pouco das escolas e veja qual se adapta melhor às suas necessidades.>
Bem equipada>
No Flávia Rivera Ateliê, as turmas possuem, no mínimo, 8 alunos e, no máximo, 16: todos trabalham em duplas, numa sala com bancadas, pias e fogões, para garantir prática (Fotos de Angeluci Figueiredo)Criado em agosto do ano passado, o Flávia Rivera Ateliê oferece cursos com diferentes temas. As oficinas duram, em média, três horas. As turmas possuem, no mínimo, oito alunos, no máximo 16. Todos trabalham em duplas, em uma sala com bancadas, pias e fogões, para garantir 100% de prática. >
A chef, Flávia, trabalhava com design quando decidiu fazer o curso de graduação em Gastronomia. A paixão pela cozinha a levou a São Paulo para estudar e lá nasceu o interesse pela culinária funcional. “Cada prato é pensado na melhor forma de utilizar as propriedades naturais dos alimentos, que podem ser benéficas para o organismo”, explica. Ao retornar a Salvador, começou a fazer refeições funcionais congeladas, mas sem tirar da cabeça a ideia de abrir uma escola de gastronomia do jeito que gostaria. >
Em 2014, conseguiu realizar o sonho. A cada mês, uma nova programação de aulas é estabelecida. As classes de culinária funcional são dadas pela própria Flávia. Para outros temas, o ateliê possui uma equipe de chefs convidados. Para este mês já estão programadas aulas de técnicas de sushi, pratos sem glúten e lactose, oficinas de chocolate e de queijos e vinhos. >
O horário é sempre das 19h às 22h e o preço por pessoa varia entre R$ 125 e R$ 160. Inclui todo o material, mais avental, touca, ecobag e as receitas.>
Vai lá - Flávia Rivera Atelier, Rua Pará nº 448, New Heaven Residence, loja 01-B, Pituba. Telefone: 71 3346-4600. E-mail: pedidos@flaviariveraatelier.com.br. >
Cozinha intimistaNa cozinha de casa, Kátia Najara recebe alunos para ensinar receitas e compartilhar da boa comidaA ideia da cozinheira Kátia Najara é fazer com que o aluno se sinta como um de seus amigos. Afinal de contas, é na sala e na cozinha da própria casa que ela ministra os cursos da Pequena Escola de Culinária da Katita. As turmas são de apenas seis pessoas, para que todos possam aprender, se divertir, conhecer outras pessoas e, no fim, se deleitar comendo tudo que foi feito. >
“Muitas pessoas contam para mim que veem esses encontros como uma atividade terapêutica, um momento prazeroso, de celebração. Nunca tive a pretensão de formar ninguém, mas todos saem capazes de reproduzir as receitas que aprendem”, afirma Kátia. A Pequena Escola volta às suas atividades em abril de 2015, quinzenalmente, aos sábados, com classes pela manhã e pela tarde. >
Os alunos podem levar as próprias bebidas e os pratos que serão ensinados variam. Pode ser desde o regionalíssimo arroz de hauçá até uma iguaria árabe. “Escolho sempre algo que sei fazer muito bem e que seja capaz de despertar interesse”, conta a cozinheira. Ela já foi gestora cultural, mas encontrou sua paixão nas panelas e há nove anos se dedica à culinária. As aulas custam, em média R$ 100, e cobrem todos os materiais. >
“Meu diferencial é que, depois de fazerem as receitas, os alunos podem realmente ir à mesa comer. Não é só uma degustação”, diz Kátia. Além da escolinha, ela toca o projeto Quintas-Bistrot, onde recebe, em casa, convivas para jantar pelo menos uma vez por mês e uma consultoria gastronômica para a Padaria Ribeiro.>
Vai lá - A Pequena Escola de Culinária da Katita Site: piteucozinhafetiva.com. E-mail: knajara@gmail.com. Telefone: 71 8828-8848.>
Para todosNo Ateliê Maria Margarida, a chef Andréa Torres ensina pratos clássicosExistem tantas possibilidades gastronômicas quanto lugares no mundo. Quem resiste a iguarias com DNA francês? Ou às maravilhosas massas italianas? Te atrai explorar os sabores de Portugal, culinária que tanto influenciou a nossa? As oficinas do Maria Margarida Atelier Gastronômico, comandado pela chef Andréa Torres, atendem aos anseios das mentes curiosas pela cozinha internacional. >
Nas clássicas aulas de risotos, dá para aprender uma receita básica e algumas variações possíveis. “Todos os meses tenho que abrir turmas com esse tema, porque a procura é grande”, confidencia Andréa. Mas a variedade não para por ai. Em março haverá classes de comida francesa, italiana e portuguesa. >
A estrutura didática é baseada em aprender uma entrada, um prato principal e uma sobremesa por aula. A duração de cada uma é de três horas e elas são 100% práticas, para grupo de seis pessoas. Durante a semana, acontecem à noite. Aos sábados, pela manhã. O valor varia entre R$ 100 e R$ 150, a depender do tema. O ateliê abre a oportunidade de um grupo propor o próprio curso. Para sugerir um tema, basta reunir seis amigos. Crianças de 6 a 8 anos também são contempladas. Todo mês, a chef cria uma turma infantil. >
Em abril, a novidade do ateliê vai ser um curso com foco em comidas leves e saudáveis. Andréa vai ainda até condomínios com área gourmet e ministra classes específicas para grupos de moradores ou funcionárias do lar.>
Vai lá - Maria Margarida Ateliê Gastronômico, Rua Manoel Barreto, 135, sala 301 A, Graça. Telefone: 71 3263-0097>
Sobrevivência gourmetTécnicas de cozinha aprendidas na rotina de restaurantes: diferencial de Gabriel LoboNa cozinha, além de boa vontade e interesse em fazer o que se deseja, é necessário também um conhecimento técnico. Cortar bem a carne e entender o processo de cozimento dos ingredientes é fundamental. Esse é o foco do curso Cozinha de Guerrilha, do chef Gabriel Lobo. Ele já passou pelo restaurante Amado e hoje comanda o Amadinho, no Mercado do Rio Vermelho. >
Nas aulas, ensina também coisas das cozinhas mediterrânea e regional, celebrando suas ascendências espanhola e baiana. Antes, as classes eram dedicadas só ao público masculino. A partir deste ano, as mulheres passaram a ser aceitas no curso, que é composto por quatro aulas de três horas, uma vez por semana. São formadas duas turmas por mês, sempre à noite. O preço completo é de R$ 400 por pessoa.>
“Gosto de dar um tempo entre cada aula para que o aluno possa praticar em casa o que aprendeu”, aponta o chef. O material didático é baseado no livro de técnicas gastronômicas 400 Gramas e os participantes colocam a mão na massa 100% do tempo. Gabriel instalou sua sala de aula na garagem de casa, com direito a uma cozinha com todo o equipamento necessário. O ar é profissional, mas intimista. >
No último encontro rola uma grande confraternização, onde cada participante pode levar até dois convidados para degustar uma noite de pizzas feitas no forno à lenha.>
Vai lá - Cozinha de Guerrilha. Site: www.chefgabriellobo.com. Telefone: 71 9179-9868.>