Homem trans é discriminado no SUS e amiga organiza campanha para cirurgia

O estudante Miguel Marques teve seu gênero desrespeitado no SUS e uma amiga criou página no site vakinha para ajudar na cirurgia do rapaz

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  • Victor Villarpando

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 19:22

- Atualizado há um ano

Miguel Marques, das páginas Transviados e Homens Transgêneros: problemas no SUS e vakinha para cirurgia (Foto: Angeluci Figueiredo)Ano passado, Miguel Marques, 23, das páginas de Facebook Homens Transgêneros e Transviados, sentia dores no abdômen. Procurou atendimento no Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP/Sesab/SUS), no Garcia, e foi discriminado. “Pelo tratamento de aberração, ir à ginecologista é um terror para os homens trans. O tratamento é tão desumano que preferimos abrir mão”, conta ele.

O rapaz - que ao nascer foi identificado como uma menina, mas na verdade é um menino - foi um dos entrevistados da matéria O que é ser Trans, publicada no BAZAR em setembro do ano passado. Vale a pena ler para entender melhor a situação.

A médica do CEDAP recomendou uma histerectomia (cirurgia de retirada do útero) “para ontem” por conta da possibilidade de câncer. Sensibilizada, uma amiga criou uma página no site Vakinha para angariar fundos para a cirurgia particular. Vai lá: vakinha.com.br/cirurgia-do-miguel.