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Olhar apurado: entrevista comDavid Bastos

O arquiteto baiano reúne em livro projetos marcantes dos 38 anos de carreira

  • Foto do(a) author(a) Gabriela Cruz
  • Gabriela Cruz

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 08:43

 - Atualizado há 2 anos

O arquiteto baiano David Bastos reuniu projetos que marcaram sua trajetória em livro com 402 páginas (Foto: Gui Gomes/Divulgação)Com seu estilo minimalista – copiado à exaustão – David Bastos, 59 anos, rompeu há muitos anos as fronteiras baianas e conquistou o país. Hoje, possui escritórios aqui e em São Paulo, e tem no portfólio gente famosa, como Nizan Guanaes, Regina Casé (com casa assinada por ele em Salvador), Durval Lelys, Daniela Mercury e Claudia Leitte.

Antes da fama, ainda estudante da Faculdade de Arquitetura da Ufba, passou por órgãos públicos, em áreas de habitação popular e planejamento urbano, experiências fundamentais para desenvolver seu senso apurado para o aproveitamento dos ambientes que conquistou a clientela poderosa.

Parte dessa trajetória pode ser conferida no livro David Bastos Arquitetura Brasileira, que reúne projetos marcantes dos seus 38 anos de carreira. A publicação, editada pela Zeta, apresenta seus principais trabalhos de arquitetura, design de interiores, mostras e restaurantes.

Quando você percebeu que queria ser arquiteto?

Sempre soube, desde pequeno. Tudo que me interessava era literatura de arquitetura, de casas. Quando saía, eu observava muito mais as edificações e pensava nas modificações que podia fazer em cada espaço. Se era casa, como podia virar escritório, por exemplo. Eu olhava e requalificava o espaço. Tanto que me formei com 20 anos e com 21 já tinha meu escritório.O livro está à venda por R$ 294 nas principais livrarias (Foto: Divulgação)Essa valorização do profissional de arquitetura já existia nessa época?

Já existia, mas em menor escala. Com o passar do tempo, o profissional foi sendo mais reconhecido. Hoje, tenho dois escritórios – um em Salvador e um em São Paulo, com uma equipe com mais de 40 pessoas.

Vários nomes já passaram por lá, como Joana Requião, Vagner Paiva, Marlon Gama, Daniela Sampaio, Lais Galvão,  entre outros. Não me sinto uma escola, mas é muito bom saber que eu pude contribuir para a formação de alguns profissionais.

A formação vai além da sala de aula, então?

Sim e fora do escritório também. Ela se dá através da moda, fotografia, viagens, da observação do comportamento das pessoas. A criação vem da observação, do olhar. Você tem que olhar, entender. A criação parte daí.David tem no portfólio trabalhos de arquitetura, design de interiores e restaurantes (Foto: Divulgação)Quais são seus projetos preferidos?

Aqueles que fiz para mim, como minha casa de praia e meus apartamentos. Também  me deixam felizes os projetos públicos também, como o Trapiche, o Bar da Ponta. E o Soho quando foi inaugurado, porque hoje ele está modificado da concepção inicial, era um galpão de praia, descontraído. Os donos resolveram sofisticar o que já era sofisticado. Resolveram universalizar.

Existe um segredo para ser um bom profissional?

Primeiro, tem que sair de você para entender o cliente, o que ele quer,  conhecer tudo que existe em arquitetura e mobiliário e focar na qualidade  do  desenho, fabricação, estética, proporção. Se ele tiver qualidade será atemporal. Você não pode ir atrás de modismo. Se fosse assim, museus não existiriam e casas antigas não estariam tombadas.

Como foi a escolha dos projetos que estão no livro?

A curadoria foi de Felipe Bastos em conjunto com a equipe do escritório. Faltaram alguns projetos queridos que eu gostaria de listar, mas não deu. Temos material para fazer outro livro.Projeto de Diógenes Rebouças, o Comendador Urpia é um dos preferidos do arquiteto (Foto: Divulgação)Qual seu lugar preferido em Salvador?

Minha casa. Preciso estar em casa. Gosto muito de receber, abrir a porta de casa para os amigos, que não são muitos, mas são bons. Em relação a prédios, gosto do Palácio da Assembleia - o projeto é muito bom -, e de outros prédios antigos, como o Edifício Themis, na Praça da Sé,  e o Comendador Urpia, na Graça,  projeto de Diógenes Rebouças.

O que você acha das mudanças que vêm ocorrendo na cidade em relação a mobilidade urbana?

Salvador é uma cidade que precisa se reinventar, dar mais conforto urbano às pessoas, se equipar, e isso o prefeito já está fazendo, mas a população também precisa se educar e a prestação de serviço tem que melhorar.