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Cangaceiro do Futuro mantém humor popular de Cine Holliúdy

Edmilson Filho interpreta sósia de Lampião que viaja no tempo

  • Foto do(a) author(a) Roberto  Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 27 de dezembro de 2022 às 06:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: fotos: divulgação

Os cearenses já sustentam há muito tempo a fama de engraçados. Chico Anysio, Renato Aragão, Tom Cavalcante... todos estes humoristas nasceram no Ceará, estado que parece ser destinado a fazer o brasileiro rir. E é também de lá que vem Edmilson Filho, que, além da capacidade de fazer rir, tem uma outra habilidade que, provavelmente, nenhum humorista brasileiro tem: é um exímio lutador de artes marciais, especialmente do taekwondo.

Depois de exibir as suas aptidões em filmes como Cine Holliúdy e Shaolin do Sertão, Edmilson está de volta na série O Cangaceiro do Futuro, que estreou domingo na Netflix. O humor, claro, continua sendo a marca do ator, que volta a trabalhar com o diretor Halder Gomes, seu conterrâneo.

A nova produção da Netflix conta a história de Virguley, um nordestino que vive em São Paulo nos dias atuais e, depois de levar um soco muito forte numa briga de rua, vai parar no Ceará de 1927, onde ele é confundido com Lampião e tem muitos inimigos. O problema é que Virguley, ao contrário do famoso cangaceiro, é um covarde e vive fugindo de quem o persegue.

E, como nos filmes anteriores da dupla Halder-Edmilson, a série tem comédia, cenas de ação e romance. Tudo feito para agradar o público médio, sem nenhum tipo de sofisticação, mas também longe de ser de "mau gosto". É humor popular na veia, bem ao estilo de Cine Holliúdy, que virou série e teve a segunda temporada exibida na Globo até o mês passado. As duas temporadas estão no Globoplay.

O elenco, como no primeiro Cine Holliúdy, tem participação de muitos humoristas cearenses, mais conhecidos localmente. Um deles é Haroldo Guimarães, o hilário Munízio das duas temporadas da série da Globo. Solange Teixeira e o cantor Falcão são outros cearenses presentes na produção da Netflix e que também estiveram em Cine Holliúdy.

Edmilson

Edmilson Filho, o Virguley da nova série, tem 46 anos e estreou como ator no curta-metragem O Artista Contra o Cabra do Mal, em 2004."Halder foi meu professor de Taekwondo, ficamos muito amigos. E quando ele fez o curta, já pensou em mim como o protagonista. Acho nossa parceria muito boa porque fazemos tudo com verdade, trazemos o humor nordestino puro, colorido, que o público se identifica", defende o ator.Foi aquele curta que deu origem ao filme Cine Holliúdy e fez os dois trabalharem juntos de novo. Mas o convite de Halder a Edmilson não foi um tiro no escuro, já que o ator já tinha alguma experiência com a comédia: em 1993, ele havia ganhado um concurso de humor no Ceará. No entanto, a paixão pelas artes marciais, além de uma oportunidade de ir morar nos EUA, acabou fazendo Edmilson desistir da carreira de ator.

Ele havia sido convidado para dar aulas de artes marciais na Califórnia e, no início deste século, decidiu ir para os EUA, onde acabou criando duas escolas de artes marciais. Hoje, Edmilson vive em território norte-americano e vem ao Brasil quando é chamado para atuar. "Nos Estados Unidos, acabei conhecendo a mãe dos meus filhos e construindo minha carreira lá como professor de artes marciais", diz o ator.

Durante as filmagens, Edmilson viveu o luto da morte da mãe, por covid e, segundo ele, surgiu um desafio: "Muito difícil fazer humor de luto. Mas continuei por respeito a toda a equipe e por querer ver esse projeto pronto". O ator compara os protagonistas de Virguley a Francisgleydson, o protagonista de Cine Holliúdy:"Por ser muito parecido com o Lampião, Virguley faz uns bicos na cidade grande imitando o personagem. Ele um farsante nessa história e o Francis já é um cabra mais verdadeiro".Por ter tantos elementos em comum com Cine Holliúdy, como o elenco e a ambientação no Ceará, a comparação entre as duas produções se torna inevitável e o fato é que a série da Globo está alguns degraus acima desta que estreou na Netflix. Primeiro, porque naquela outras as piadas funcionam melhor - e é provável que isso tenha ocorrido pela presença de gente experiente como Claudio Paiva, criador da série global e experiente roteirista de A Grande Família, A Comédia da Vida Privada e outras produções.

Além disso, o elenco de O Cangaceiro do Futuro não demonstra a mesma química impressionante de Cine Holliúdy, que tem Heloísa Périssé e Matheus Nachtergaele como um hilário casal. E o sertão retratado na nova série está longe de ter o encanto de Pitombas, uma charmosa cidade fictícia do interior onde se passa a série. Mas O Cangaceiro do Futuro funciona bem em alguns momentos e, sem nenhuma pretensão, pode animar este seu final de ano, caso queira um humor leve e ingênuo. O baiano Fábio Lago interpreta um "coronel" do interior