Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Ronaldo Jacobina
Publicado em 13 de setembro de 2025 às 15:00
Chefs Enquanto os chefs baianos Alício Charoth, Angeluci Figueiredo (Preta), Ana Célia, Kaywá Hilton e Solange Borges participam do projeto Cozinhas de l'Extraordinaire, entre as cidades de Paris e Marselha, na França, os chefs do lado de lá começam a se preparar para atravessar o oceano Atlântico e desembarcar no Brasil. O intercâmbio, que integra a Temporada França – Brasil 2025, evento que celebra os 200 anos de relações bilaterais entre os dois países europeus, foi o tema iniciado na coluna do sábado passado (06/09), e cuja segunda parte guardamos para hoje (13). >
Pelo lado de cá do Atlântico, mais precisamente na Bahia, diversos eventos ligados a gastronomia também seguirão conectando o Brasil e a França através da culinária transatlântica que levou cinco chefs para a França e agora receberá cinco franceses aqui. “O projeto reúne ao todo 10 chefs afrodescendentes baianos e franceses que cruzam o Atlântico e invadem a Bahia e a França com aromas, sabores, tradição e inovação”, explica a Consultora Internacional em Relações Internacionais & Conectora Cultural Monique Badaró (da Braço Social Consultoria), que em parceria com a Les Grandes Tables – ICI Culture (associação francesa especializada no desenvolvimento de experiências culturais em torno da gastronomia), e da baiana Monique Badaró, da Braço Social, promovem intercâmbios entre cozinheiros dos dois lados do oceano.>
“O projeto reúne ao todo 10 chefs afrodescendentes baianos e franceses que cruzam o Atlântico e invadem a Bahia e a França com aromas, sabores, tradição e inovação”, explica a Consultora Internacional em Relações Internacionais & Conectora Cultural Monique Badaró (da Braço Social Consultoria), que em parceria com a Les Grandes Tables – ICI Culture (associação francesa especializada no desenvolvimento de experiências culturais em torno da gastronomia), e da baiana Monique Badaró, da Braço Social, promovem intercâmbios entre cozinheiros dos dois lados do oceano. Se por lá as cidades sedes do projeto são Marselha e Paris, como já citamos acima, agora é vez de receber os chefs visitantes deste intercâmbio gastronômico, iniciado em agosto último, e que vai até novembro próximo nas cidades de Salvador e Ilhéus.>
São eles, Georgiana Viou, atualmente chef do restaurante Rouge, localizado no Margaret Hôtel Chouleur, em Nîmes, onde conquistou sua primeira estrela Michelin em 2023; Glory Kabé, Chef independente em Paris e pioneira do movimento vegano; e Naomi Martino, mestre chocolateira e torrefadora há mais de 15 anos, que está à frente da primeira, e até hoje única, fábrica de chocolates finos de Guadalupe. Desembarcarão aqui também Axel Mbetcha Tiezan, formado pelo Instituto Paul Bocuse, em Écully e que passou pelos restaurantes Marriott Champs-Élysées e de Gordon Ramsay no Trianon Palace, em Versalhes (1 estrela Michelin). O quinto elemento é a jornalista, autora e apresentadora Laurène Petit, colaboradora de publicações como Le Fooding, Omnivore e membro da Fundação Europeia para o Clima, entidade com compromisso com a alimentação sustentável através do trabalho na Écotable.>
Em Salvador, os visitantes serão acolhidos nos restaurantes, Preta (de Angelucci Preta), Origem (dos chefs Fabricio Lemos e Lisiane Arouca) e Zanzibar (da chef Ana Célia), para jantares a quatro mãos (Isso a gente conta depois). Estão previstos também encontros com estudantes das escolas de Nutrição e Gastronomia (UFBA) para diálogos e trocas com o ecossistema gastronômico soteropolitano, especialmente o de matriz africana.Falando em Naomie Martino, ela visitará Ilhéus para um intercâmbio focado no cacau como patrimônio e linguagem cultural. A programação inclui visitas técnicas a fazendas de cacau e produtores de chocolate de origem, oficinas sobre práticas e saberes em torno do cacau. Resumindo, o Cozinhas de l'Extraordinaire é mais que um projeto gastronômico: é um espaço de intercâmbio cultural, valorização de patrimônios e afirmação da culinária afrodescendente como força viva e criativa. Ao conectar comunidades e chefs de diferentes origens, a iniciativa reforça a cozinha como território de memória, inovação e diálogo entre povos.>
Leia mais em www.ronaldojacobina.com>