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Queda do IPTV: serviços de streaming pirata derrubados tinham mais clientes que Claro e Sky juntas

Operação argentina revelou que apps de streaming clandestino somavam 4,6 milhões de usuários brasileiros

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 7 de novembro de 2025 às 19:26

TV na sala
TV na sala Crédito: Shutterstock

A recente operação que derrubou plataformas ilegais de IPTV expôs um mercado clandestino de proporções gigantescas: os serviços de streaming pirata atingiam mais brasileiros do que as maiores TVs por assinatura do país. Segundo a Alianza, entidade que reúne empresas como Disney, Globo, Sky e Conmebol, 4,6 milhões de brasileiros eram assinantes dessas plataformas - número superior à base de clientes da Claro (4,2 milhões) e da Sky (2,1 milhões) somadas, segundo balanço do Uol.

A descoberta veio à tona após a ação do Ministério Público da Argentina, que desmantelou um esquema internacional de pirataria audiovisual operado a partir de Buenos Aires e da China. O grupo controlava aplicativos como MagisTV, UniTV e HTV, que transmitiam filmes, séries e canais ao vivo para milhões de usuários brasileiros.

O público, no entanto, não se via como parte de uma rede ilegal. Muitos acreditavam estar pagando por um serviço regular de TV por assinatura e recorreram a plataformas como o Reclame Aqui para cobrar reembolso após o “apagão” dos apps. Alguns relataram que os “vendedores” desapareceram e que não encontravam mais suporte. Por se tratar de um serviço ilegal, muitos operadores foram presos na operação. 

Usuários reclamam após interrupção de serviço pirata por Reprodução

A investigação mostrou que o Brasil era o principal alvo do esquema, embora a estrutura estivesse fora do país. Em Buenos Aires funcionavam as áreas de marketing e vendas, enquanto o suporte técnico e financeiro era operado a partir da China. Juntas, as plataformas chegaram a 8 milhões de assinantes e movimentaram entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões por ano (de R$ 795 milhões a R$ 1,06 bilhão), de acordo com estimativas da Alianza.

A operação resultou na derrubada de 14 plataformas de streaming pirata, incluindo My Family Cinema, TV Express, Eppi Cinema, Vela Cinema, Cinefly, Vexel Cinema, Humo Cinema, Yoom Cinema, Bex TV, Jovi TV, Lumo TV, Nava TV, Samba TV e Ritmo TV. A Alianza afirma que o número pode chegar a 28 plataformas bloqueadas até o fim de novembro.

Brasil combate pirataria

Boa parte das técnicas de bloqueio usadas na Argentina, segundo a própria Alianza, foram desenvolvidas por agentes brasileiros. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), coordena desde 2019 a Operação 404, que já retirou do ar mais de 17 mil domínios e IPs, prendeu 52 pessoas e cumpriu centenas de mandados.

O país também conta com a atuação da Anatel e da Ancine. A agência de telecomunicações intensificou, desde 2023, o combate à venda de equipamentos ilegais usados para acessar conteúdos piratas. Já a Ancine ganhou, em 2024, o poder de bloquear administrativamente sites e aplicativos que violem direitos autorais, em parceria com a Anatel e o Ministério da Justiça.

Tags:

Streaming Pirataria Iptv