Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Amado lança cardápio alergênico: um avanço na inclusão e na segurança alimentar

Este conteúdo é um oferecimento da Hub.Nexxo - Soluções Empresariais

  • Foto do(a) author(a) Ronaldo Jacobina
  • Ronaldo Jacobina

Publicado em 24 de maio de 2025 às 05:00

Caçarola de frutos do mar Crédito: Divulgação 

Prestes a completar duas décadas, o restaurante Amado sai na frente e lança um cardápio alergênico. A novidade foi desenvolvida pelo chef Danilo Fernandes e já está disponível para os clientes da casa. O novo formato identifica, de forma clara e acessível, a presença de 18 ingredientes considerados alergênicos mais comuns, como leite, glúten, ovo, soja, castanhas e frutos do mar. A iniciativa, do ponto de vista do cliente, garante a segurança alimentar como o primeiro benefício. Reações alérgicas a alimentos podem variar de leves a fatais, e a prevenção começa pela informação. Para o restaurante, o cardápio alergênico é mais que uma resposta à demanda – é um gesto de acolhimento, respeito e cuidado. “A ideia é que o cliente se sinta à vontade e confiante. Comer fora de casa não precisa ser uma roleta-russa”, afirma o chef Danilo Fernandes.

Casquinha de aratu 

Embora ainda não seja uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - que obriga apenas que alimentos embalados industrialmente tragam na rotulagem a presença de 17 ingredientes alergênicos -, a iniciativa está alinhada com as boas práticas internacionais de saúde e hospitalidade. “Com a crescente preocupação em torno das alergias alimentares e da busca por uma alimentação mais segura e inclusiva, decidimos oferecer ao nosso cliente uma experiência ainda mais completa”, explica Flávio Bandeira, sócio do empreendimento gastronômico.

Beiju em crosta de parmesão

A essa altura você deve tá aí se perguntando: Mas afinal o que é um cardápio alergênico? Respondendo: o cardápio alergênico é uma versão do menu tradicional que destaca os principais ingredientes presentes em cada prato que podem causar alergias. A ideia é informar o consumidor sobre os ingredientes que podem causar reações adversas, muitas vezes graves, e permitir escolhas alimentares mais seguras para pessoas com alergias ou intolerâncias. Além disso, o cardápio pode incluir símbolos ou legendas que facilitam a leitura e a identificação rápida dos componentes críticos.

Arroz de polvo com choriço espanhol

E as perguntas vão surgindo na nossa cabeça: Para quem é útil? Essa resposta pode parecer óbvia, mas não custa reforçar: serve especialmente às pessoas com restrições alimentares – crianças, adultos e idosos com alergias diagnosticadas ou intolerâncias específicas, como à lactose ou ao glúten. Mas interessa também a um público crescente preocupado com a saúde alimentar, que deseja saber exatamente o que está consumindo. Pessoas em dietas específicas ou com hábitos alimentares mais conscientes também se beneficiam dessa transparência.

E afinal o que diz a legislação brasileira sobre esta questão? Desde 2015, a Anvisa exige por meio da Resolução RDC nº 26, que alimentos embalados industrialmente tragam na rotulagem a presença de 17 ingredientes alergênicos. No entanto, não há ainda uma legislação específica que obrigue restaurantes a adotar cardápios alergênicos. Mesmo assim, muitos estabelecimentos, especialmente no eixo Rio-São Paulo, têm optado por essa prática como um diferencial de qualidade, responsabilidade e hospitalidade.

Uma rápida pesquisa pelos restaurantes baianos, constatamos que além do Amado, pelo menos nesta lista de restaurantes tidos como do primeiro time, apenas o La Pasta Gialla (que pertence a uma rede paulista liderada pelo chef Sergio Arno) possui estas informações no cardápio. Na capital baiana, nem mesmo marcas especializadas em comida natural (equivocadamente chamadas de restaurantes de cozinha saudável), pelo menos por enquanto, estão alinhados com estes novos tempos.

Cogumelos recheados com aspargos grelhados e salada fresca

E a pergunta que não quer calar: afinal, como é feita a identificação dos alergênicos? Vamos lá, segundo o chef, a criação de um cardápio alergênico exige rigor técnico. Os ingredientes de cada prato são mapeados em detalhes, do preparo ao acabamento, considerando até a possibilidade de contaminação cruzada – quando um alimento entra em contato com resíduos de outro. A equipe de cozinha passa por treinamento e o controle exige fichas técnicas completas, fornecedores confiáveis e processos padronizados. “Foi um trabalho minucioso, que exigiu revisão de todas as etapas da produção”, conta Danilo.

Vale ressaltar que a iniciativa do Amado acompanha uma tendência global de valorização da saúde alimentar e da transparência nos serviços de alimentação. Em países desenvolvidos, muitos restaurantes já adotam essa prática como norma. No Brasil, embora ainda incipiente, o movimento cresce com força em casas que prezam pela excelência. Para o chef Edinho Engel, sócio e fundador do Amado, mais que uma adaptação técnica, o cardápio alergênico representa uma mudança de mentalidade. “É cozinhar com responsabilidade. E ao democratizar a experiência gastronômica e incluir quem muitas vezes se vê limitado, ele transforma a hospitalidade em prática”, conclui.

Serviço:

@restauranteamado

Av. Lafayette Coutinho, 660, Contorno

Reservas: 71 99231 4660

Pet friendly