Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

'É a abertura para uma Academia mais inclusiva', diz a recém-eleita Ana Maria Gonçalves

Escritora mineira, que acaba de ingressar na Academia Brasileira de Letras, é autora de Um Defeito de Cor (2006)

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 11 de julho de 2025 às 21:36

Ana Maria Gonçalves
A escritora Ana Maria Gonçalves Crédito: Reprodução/ Redes Sociais

Um dia depois de ser eleita a primeira mulher negra a integrar a Academia Brasileira de Letras (ABL), a escritora mineira Ana Maria Gonçalves falou sobre a alegria de seu novo desafio. Disse que foi uma vitória histórica para as mulheres após um processo de exclusão delas na Academia.

"Eu estou muito feliz de fazer parte disso, muito animada a fazer um trabalho institucional pela língua brasileira, pela literatura, pelo livro. Eu acredito que é uma abertura de um diálogo da Academia com a sociedade brasileira para se fazer uma Academia mais inclusiva, mais representativa, mais em diálogo com temas que estão sendo tão caros para a sociedade, como machismo, racismo. A sociedade está mudando, então, com muita vontade de assumir logo e começar a botar a mão na massa", declarou ela, em entrevista à rádio CBN nesta sexta-feira (11).

Autora de Um Defeito de Cor, considerado um dos livros mais importantes do século 21 e que foi escrito durante uma temporada na Bahia, ela voltou a dizer que o foco não deve ser apenas na representatividade, mas na produção de presenças diversas em um espaço tão elitizado, mas que vem se abrindo aos poucos, com as eleições de nomes mais populares, como a atriz Fernanda Montenegro, o cantor e compositor baiano Gilberto Gil e o intelectual indígena Ailton Krenak.

Após a sua eleição na ABL, onde conquistou 30 dos 31 votos para ocupar a vaga que foi do linguista Evanildo Bechara, a autora teve cerca de 2 mil cópias do livro Um Defeito de Cor vendidas em cerca de 24 horas.

"A gente vai começar [na ABL] discussões importantes em termos de uso da língua portuguesa, com a inteligência artificial, com essa linguagem muito fragmentada das redes sociais. Eu acho que é um problema também para se entender e se discutir lá dentro, para que a gente possa guiar a sociedade nessa discussão importante que vai ser", afirmou à CBN.

Famosos, como Lázaro Ramos, voltaram a enaltecer o livro nas redes sociais: "Como esse livro foi importante pra mim, como eu celebro cada vez que uma pessoa descobre esse livro e se transforma. Como a sua presença vai ser importante pra @abletras_oficial! Festejo hoje com você e te aplaudo muito", escreveu Lázaro, no Instagram.

Antes da obra-prima de 2006, Ana lançou o romance independente "Ao Lado e à Margem do que Sentes por Mim", que está esgotado e é difícil de achar até em sebos.

Capa do livro Um defeito de cor por Reprodução