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'Embarquei de corpo e alma', diz Ísis Valverde sobre atuação como Maria Bonita em nova série do Disney +

Com Júlio Andrade como Lampião e direção de Sérgio Machado, seriado já esta disponível no streaming

  • Foto do(a) author(a) Luiza Gonçalves
  • Luiza Gonçalves

Publicado em 4 de abril de 2025 às 14:07

Nova série do Disney + Maria e o Cangaço
Nova série do Disney + Maria e o Cangaço Crédito: Divulgação/Disney +

Árida, cinematográfica e visceral, Maria e o Cangaço estreia hoje (4) na plataforma Disney+, trazendo para o universo das séries contemporâneas dois dos mais célebres personagens da cultura nordestina, Lampião (Júlio Andrade) e Maria Bonita (Isis Valverde), numa produção de ação, aventura e drama dirigida pelo baiano Sérgio Machado.

Desta vez, o Rei do Cangaço fica em segundo plano. Na obra de seis episódios, o protagonismo está em Maria de Déa, mostrando a jornada da cangaceira mais famosa da história, mulher e mãe, dividida entre a vida fora da lei e o desejo de assentar a família.

Inspirada no livro Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço, da jornalista Adriana Medeiros, a série inova ao conduzir a história do cangaço a partir de Maria Bonita e da participação de outras mulheres no grupo de cangaceiros. Nos episódios, são mostradas as violências e dificuldades sofridas pelas cangaceiras, principalmente em relação à maternidade, sexualidade e funções desempenhadas em meio às constantes fugas e a um cotidiano de escassez.

“A nossa tradição no cinema, na literatura, é de esquecer algumas histórias do cangaço relacionadas às mulheres, que  envolvem a maternidade e a opressão que essas mulheres sofreram no grupo de Lampião. Então, é salutar que haja agora uma série que tem um caráter muito significativo e histórico nesse sentido, porque é a primeira vez que o audiovisual conta a experiência do cangaço pela perspectiva das mulheres”, destaca a jornalista Adriana Medeiros.

Uma Maria liderante e destemida, desafiadora de normas, mas que é cuidadora e afetiva ao seu modo, ganha as cenas com a atuação de Ísis Valverde, escolhida para o papel a convite da direção e produção. “Qualquer personagem histórico dá um frio na barriga, né? É uma responsabilidade muito grande contar a história de uma pessoa que existiu, que marcou uma época e que é falada até hoje. Mas eu confiei plenamente na escolha do Sérgio, nos meus colegas, na escolha da Disney, de todo mundo, e embarquei nessa história de corpo e alma. Foi bem intenso e profundo”, revelou a atriz em entrevista ao CORREIO.

Preparação

Para construir sua personagem, Ísis revela ter evitado assistir a obras preexistentes que retratassem Maria e Lampião, preferindo mergulhar no ponto de vista feminino apresentado pela obra de Adriana e em aulas sobre a história do cangaço, que eram ofertadas nos bastidores da série e das gravações no sertão paraibano. “Foi uma pesquisa muito profunda, não só a física, dos exercícios que a gente fazia para poder enfrentar aquele lugar hostil, mas também muita leitura e estudo, contando sempre com a ajuda dos meus colegas. Eu jamais teria conseguido dar vida a Maria se não fosse o meu bando”, afirma.

“Essa história traz uma outra perspectiva, e isso influenciou no meu trabalho também como Lampião. Confesso que assisti a quase todos os filmes que haviam com os personagens, e isso me deu ainda mais vontade de querer seguir esse outro viés, o viés feminino. A gente realmente fez de tudo para entregar um trabalho bonito e honrar a cultura nordestina e os personagens também”, declara o ator Júlio Andrade.

Junto a Isis Valverde, partilham do desafio de retratar a relação do casal, que, apesar de existir amor, também era marcada pela rigidez e violência. “Não existe bom ou mau. O vilão e o mocinho na história têm humanidades. São pessoas tentando sobreviver a um ambiente tão hostil, numa época onde já havia tanta violência”, pontua Valverde. O elenco conta ainda com nomes como Chandelly Braz, Rômulo Braga, Jorge Paz, Mohana Uchôa e Berinho Lima, totalizando mais de 50 atores.

A caracterização, estética e visualidade da série são, sem dúvida, alguns dos seus pontos fortes, unindo grandes nomes como o diretor de fotografia Adrian Tejido (Ainda Estou Aqui), o designer de produção Tulé Peak e a figurinista Rita Murtinho. “A gente juntou um dream team do cinema para contar essa história, que sempre me fascinou. Eu fiquei muito feliz com o resultado”, garante o diretor-geral Sérgio Machado, acrescentando elogios à protagonista Ísis Valverde. “Uma atriz realmente estupenda, tem uma visceralidade, uma força que eu nem imaginava. Acho que ela vai surpreender muita gente com a atuação dela", finaliza.