Conhecido pelo público infantil dos anos 1990 e 2000, o diretor e humorista Edilson Oliveira, criador do personagem Chiquinho, revela os motivos do desligamento do SBT. O artista ficou conhecido pela parceria com a apresentadora de programas infantis da emissora Eliana entre 1998 e 2004.

A demissão foi uma decisão do animador, após a migração da cantora infantil para a Rede Record no final da década de 1990. O artista comenta que a colega de trabalho teve o pedido de aumento salarial negado por Sílvio Santos, proprietário do SBT.

De acordo com Chiquinho, em entrevista ao canal UOL, o pedido de aumento salarial era justificado após Eliana ter, em 1998, ganhado destaque na condução da atração infantil que apresentava. No entanto, segundo ele, o dono do canal não aceitou a proposta e também escalou Jaqueline Petkovic para o programa.

Edilson Oliveira acrescenta ainda que a amiga já tinha entrado em contato com um dos produtores da Record e estendeu o convite para ele ir junto. “Eu só vou para lá se você for comigo. Pode chegar lá no Eduardo Lafon e pedir o valor que quer ganhar”, relembra a proposta de Eliana.

Após a conversa com a amiga, Chiquinho entrou em contato com o SBT para regularizar a situação com a emissora. “A direção da casa me chamou e falou que eu deveria continuar lá. Mas aquele momento não era mais para ficar, era o momento de ir embora”, explica o parceiro da apresentadora.

O humorista também afirmou que, após passar anos na emissora, gostaria de expandir seu trabalho para novos caminhos. “Aí eu decidi, e falei: já deu meu tempo aqui em casa, estou me demitindo”, complementa Paulista sobre a primeira vez que pediu demissão.

Em entrevista ao podcast “PODDELAS” Eliana também já comentou sobre a mudança da emissora com o colega. "Quando eu fui para a Record, a gente criou um novo personagem para ele e ele trouxe uma ideia. A gente lapidou e surgiu o Chiquinho", pontuou.

Depois que Eliana deixou o segmento infantil e assumiu programas aos domingos, a parceria de Chiquinho e da apresentadora chegou ao fim.

A partir disso, Edilson trocou São Paulo pela Bahia. Ele levou Chiquinho para escolas e hospitais, atuando ao lado de instituições públicas em projetos como o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), de conscientização contra o consumo de drogas.