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Luiza Gonçalves
Publicado em 17 de janeiro de 2024 às 05:00
De cantor de bailes dançantes ao sucesso nos trios elétricos, Luiz Caldas é sinônimo de criatividade, longevidade musical e, claro, axé music. Há mais de cinco décadas cantando, tocando e compondo, o pai da axé music celebra seus 61 anos nesta sexta-feira (19) com um show que reúne sucessos que embalam a memória dos baianos na companhia dos convidados e amigos Carlinhos Brown, Baby do Brasil, Jau e Márcia Freire. O evento acontece na Concha Acústica do TCA a partir das 19h. >
Em 2024, Luís Caldas comemora 54 anos dedicados à música. Sua trajetória começou como crooner mirim de banda de baile, passando pela adolescência como instrumentista autodidata até ganhar seus primeiros carnavais no trio Tapajós e explodir no Brasil com hits como Fricote, Magia, Visão do Cíclope, Ajayô e Haja Amor, representantes da mistura musical que ganhou o mundo conhecida como axé music. >
Com quase 200 álbuns lançados, a versatilidade e o talento seguem firmes e sem intenção de parar. “Eu sou música”, justifica Luiz. Ativo nas redes sociais, o multi-instrumentista aparece frequentemente em vídeos dando sua versão a clássicos, de Roberto Carlos a Bee Gees e passeando pelos mais variados gêneros. O estilo permanece característico e cada vez mais ousado, cabelos cada vez mais longos e unhas mais coloridas, além da liberdade artística, descrita como “essencial” para seu trabalho. >
Outro projeto que impressiona é o que resulta em um disco diferente, quase sempre temático, por mês há nove anos. “Na produção dos discos mensais, consigo registrar estilos de músicas e ritmos que, infelizmente, não são mais gravados justamente por não serem comerciais, e assim uma boa parte da nossa história e cultura acabam ficando perdidas ou até somem. Você não vê um disco de samba-canção sendo feito hoje em dia, mas se você for no meu site, tem disco de samba-canção e feito há poucos meses”, comenta.>
Dono de uma inquietude de menino, Luiz Caldas celebra mais um ano de vida da maneira que mais gosta: tocando e cantando para a multidão. “A música não existe sem as pessoas que a escutam. Então, fazer música nos torna sensíveis ao outro. Ao longo do tempo, isso faz com que o artista, que quase sempre já é sensível, cresça como ser humano também. E foi assim que eu consegui me mover na vida, mesmo com os altos e baixos comuns à trajetória de um artista, mas sempre superando tudo com os pés no chão, literalmente”, brinca o artista, que costuma se apresentar descalço.>
Serviço - Luiz Caldas e Convidados | sexta (19), às 19h, na Concha Acústica do TCA | Ingressos: R$ 130 / R$ 75, à venda no local e no Sympla - Assinante do Clube CORREIO paga com 40% de desconto.>