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Tharsila Prates
Publicado em 19 de julho de 2025 às 19:36
O Museu de Arte da Bahia (MAB) apresenta a exposição 'Bancos Indígenas do Brasil: Rituais', com 100 bancos cerimoniais de 39 etnias indígenas brasileiras, em um recorte inédito que destaca a sofisticação estética e a profundidade ritual desses objetos. >
Após passar por cidades como São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, a exposição desembarcou em Salvador na última sexta-feira (18), com peças esculpidas por diferentes povos indígenas do Brasil e que são mais do que objetos utilitários, porque desempenham papel central em rituais de cura, cerimônias de iniciação, festas de colheita e homenagens aos ancestrais.>
Os curadores são Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim e Danilo Garcia, e o artista indígena Milton Galibis Nunes, representante da etnia Galibi Marworno, que criou bancos de até seis metros de comprimento para os rituais do Turé - celebrações coletivas de forte dimensão espiritual.>
A exposição está dividida em três eixos: espiritualidade e cura, iniciação e passagem, contos e mitos. A proposta é ampliar o entendimento da arte indígena para além da função utilitária, valorizando seus aspectos simbólicos, sociais e espirituais. Cada banco exposto reflete aspectos do cotidiano e da cosmologia de diferentes comunidades indígenas.>
Alguns são peças individuais, como os utilizados por caciques e pajés, enquanto outros são coletivos, a exemplo dos bancos de até seis metros de comprimento criados pelos Galibi Marworno e capazes de reunir diversas pessoas em celebrações xamânicas.>
A mostra segue em cartaz no MAB até o dia 28 de setembro, com visitação gratuita. Paralelamente, o projeto também promoverá 16 oficinas de arte-educação voltadas a estudantes da rede pública.>
A exposição ocorre em parceria com o Ministério da Cultura, Coleção BEĨ e CBMM.>