Rita Batista vai comandar programa Glô na Rua na TV Globo

A apresentadora Rita Batista já soma 20 anos de cobertura de carnaval, nos mais diversos formatos. Agora, pela segunda vez consecutiva, apresenta o Glô na Rua, o programa da TV Globo que transporta o público para as principais festas de rua do Brasil. Este ano, Rita fará a apresentação direto de Salvador, num estúdio com vista para o Circuito Osmar (Barra).

No sábado, domingo, segunda e terça, o programa mostra a folia em oito cidades, com os repórteres Luiza Zveiter (Rio), Carol Maloca (Recife), Felipe Velozo (Salvador), Xan Ravelli (São Paulo), Kdu dos Anjos (Belo Horizonte), Oyama Filho (Manaus), Luiza Goés (Santa Catarina) e Fidelis Falante (Goiás), que farão entradas ao vivo.

Em entrevista ao CORREIO, Rita diz que se orgulha por levar sua origem para todos os lugares e espaços, e fala sobre sua trajetória profissional. “Está escrito na minha cara de onde eu vim, como eu faço, a minha forma de falar, universalizando a comunicação através do que aprendi fazendo TV, rádio, palco, por muitos anos, no lugar de onde eu vim. Então, para mim é sempre um orgulho falar sobre as manifestações culturais e artísticas de cada lugar do Brasil, que é um país muito rico. A TV Globo está em todos os lugares com intimidade com o público, reforçando o DNA de cada lugar. O Glô na Rua reforça essa expressão”.

Como é a sua rotina durante o Carnaval? E como será apresentar o ‘Glô na Rua’ da sua cidade?

Minha rotina muda bastante no Carnaval. Eu sempre fico entre o Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, mas, como este ano o ‘Glô na Rua’ será apresentado de Salvador, terei a possibilidade de ficar mais tempo entre os meus e as minhas. Será muito bom respirar o Carnaval de Salvador, fazendo da primeira capital do país esse distribuidor de alegria, através do programa. Quando a gente fala de carnaval de rua, pensamos em muitos locais, mas é óbvio que falamos de Salvador com um carinho especial. Aqui nasceram os trios elétricos, temos blocos, samba, os circuitos, essa loucura que é colocar um tanto de gente na rua com tudo funcionando e dando certo. Teremos a possibilidade de mostrar esse show a partir daqui, para o resto do Brasil, mas com as particularidades, diversidade, os requintes estilísticos, de cultura e artísticos das outras capitais que fazem carnaval de rua também.

De que forma você usa a sua imagem para inspirar meninas e mulheres Brasil a fora?

É importante que eu leve a minha imagem, de uma mulher preta, brasileira, de 45 anos, para todos os espaços. Me sinto verdadeiramente feliz em poder fazer isso com meu trabalho. Quando comecei, há 21 anos, não era assim e que bom que as coisas mudaram, mas ainda há um caminho grande a ser percorrido. Quando a gente fortalece essa imagem do negro e da negra brasileira através dos signos linguísticos, artísticos e audiovisuais, de que somos capazes, bonitos, responsáveis, talentosos, que temos muitas possibilidades, não só aquelas que socialmente, infelizmente, nos foram impostas, acho que a gente reforça a autoestima e contribui para educação racial no país.