Roda de conversa explora matriarcado do Candomblé da Barroquinha

Ainda pela programação de reabertura do Espaço Cultural da Barroquinha, acontece nesta terça (26), às 17h, acontece no espaço mais uma edição da roda de conversa Patrimônio É…, desta vez com o tema O Candomblé da Barroquinha e suas Matriarcas.

Nesta edição, a conversa será centrada na história do Candomblé da Barroquinha, uma das manifestações religiosas mais emblemáticas de Salvador e que deu origem ao candomblé Ketu no país, há cerca de três séculos. Além disso, o evento homenageará as Matriarcas do Candomblé da Barroquinha, as três princesas vindas de Oió e Ketu na condição de escravas, Iyá Adetá, Iyá Acalá, Iyá Nassô, que fundaram um terreiro num engenho de cana e depois, passaram a se reunir na Barroquinha, em Salvador, onde construíram e fundaram a Capela da Confraria de Nossa Senhora da Barroquinha, depois conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha e, atualmente, Espaço Cultural da Barroquinha.

A roda de conversa contará com a participação de convidados especiais, como Ekedy Sinha, Ìyá Egbé do Terreiro Casa Branca; Mãe Ângela de Òsun, Ìyá Kékeré do Terreiro do Gantois; Renato da Silveira, antropólogo, artista plástico e professor aposentado da UFBA; e Mãe Neuza de Xangô, Ìyalorixá do Terreiro Casa Branca. Eles compartilharão suas perspectivas, histórias e conhecimentos sobre a tradição do Candomblé da Barroquinha, enriquecendo assim o diálogo sobre o patrimônio cultural da cidade. A mediação fica por conta de Val Benvindo.

Na sequência, acontece a inauguração oficial do Espaço Iyá Nassô, pátio do Espaço Cultural da Barroquinha, com a presença de membros do Terreiro Casa Branca, que desempenharam um papel fundamental na preservação da cultura e tradições religiosas afro-brasileiras, bem como a presença de demais convidados e líderes religiosos que compartilham do respeito e admiração por essa rica herança espiritual.

Para abrilhantar ainda mais essa noite, o Grupo Ofá entoará canções que reverenciam a história e a espiritualidade que cercam o Espaço, promovendo uma atmosfera de celebração e conexão com as raízes ancestrais. Será um evento marcado por reverência, música e alegria.

"É impossível falar da história do candomblé Ketu no Brasil, sem reverenciar essas três Iyás fundadoras do Candomblé da Barroquinha, que deu origem ao Terreiro da Casa Branca, primeiro patrimônio de matriz africana tombado pelo IPHAN. Essa edição especial, celebra a reabertura desse espaço que é mais do que uma edificação, é um local de memória, de cultura, de arte e resistência.", afirmou Fernando Guerreiro, presidente da FGM.