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Rita Lobo: 'Somos mais brasileiros porque comemos arroz com feijão'

Rita Lobo estreia na tevê aberta com série Prato Feito, que chega à Globo nesta sexta (24)

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  • Foto do(a) author(a) Doris Miranda
  • Da Redação

  • Doris Miranda

Publicado em 22 de novembro de 2023 às 06:00

Rita Lobo gravou o primeiro episódio de Prato Feito Brasil na  Bahia
Rita Lobo gravou o primeiro episódio de Prato Feito Brasil na Bahia Crédito: Amanda Oliveira

Quem assiste os programas de Rita Lobo no canal GNT sabe que sua batalha é pela comida de verdade, saudável e sem muita complicação no preparo. Agora, pela primeira vez na televisão aberta, ela percorre quatro capitais do Brasil para investigar o que vai na cozinha do dia a dia do brasileiro e seu valor nutricional para a série Prato Feito, que estreia nesta sexta (24), na Globo.

No programa, dividido em quatro episódios, que vão ao ar nas próximas sextas, Rita viajou para Belém, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre, e participa do preparo do trivial no fogão dessas pessoas. Das reuniões na cozinha, surgem histórias que retratam o orgulho que o brasileiro tem da própria comida, a mais básica possível: arroz, feijão, carnes e hortaliças.

O primeiro episódio se passa na Bahia, onde Rita conhece a Estrada do Feijão e experimenta diversos tipos da leguminosa durante a viagem até chegar em Salvador, onde se come mais feijão mulatinho. Ao logo dos episódios, ela fala da importância da comida nacional com a participação de especialistas em nutrição e saúde, realçando a informação que as pessoas estão deixando de comer arroz com feijão sem se dar conta do valor dessa combinação. “Em um país como o nosso, com tradições culinárias tão fortes, não faz sentido deixarmos a comida de verdade perder espaço para os ultraprocessados”, alerta Rita.

Há 20 anos trabalhando com a culinária brasileira e incentivando a boa alimentação, qual a importância de levar seu conhecimento para a TV aberta?

Sou apaixonada por arroz com feijão: essa dupla forma sempre uma combinação saborosa, saudável e é um símbolo do Brasil. Nessas mais de duas décadas de trabalho, sempre fiz questão de valorizar o prato feito, o pê-efe. O nosso jeito tradicional de comer é o máximo: é balanceado, tem a ver com a nossa história e com a nossa cultura. E a gente nem sempre se dá conta disso. Eu sempre acreditei que esse cardápio deveria ser motivo de orgulho para todos nós. Mas, nos últimos tempos, fui percebendo que estava na hora de chamar todo mundo para me ajudar a defender a dieta brasileira. Era urgente. Porque, à medida que as pessoas vão deixando de comer arroz com feijão todos os dias, a saúde da população piora. Em um país como o nosso, não faz sentido.

Qual a proposta principal do Prato Feito?

Nós somos mais brasileiros porque comemos arroz com feijão. Queremos unir o Brasil pela comida. Com diferentes pratos feitos, preparados em cozinhas de casa, em diferentes regiões do país, vamos mostrar que o tempero e o sotaque mudam, mas a estrutura do prato é sempre igual.

Conte um pouco sobre a experiência na Bahia.

Para mim, foi uma alegria muito grande entrar na casa das pessoas e preparar uma refeição do dia a dia com cada uma elas. E foi lindo compartilhar o orgulho que elas têm da própria comida e também das tradições regionais. O episódio de estreia, na Bahia, é do grupo do feijão; o do Pará é das carnes; Minas Gerais, das hortaliças; e temos o grupo do arroz, cereais e raízes no Rio Grande do Sul. Na Bahia, começamos pela Estrada do Feijão e, no caminho até Salvador, comi os melhores feijões da minha vida. Num posto de beira estrada, teve um pê-efe com feijão andu que estava uma loucura de bom.

Quais as principais diferenças que você percebeu na alimentação do brasileiro, na conexão com os alimentos e na valorização de suas raízes de acordo com a região onde vive?

Na realidade, o que eu mais observei foram as semelhanças! Todas as pessoas com quem falei eram muito orgulhosas de suas raízes, da forma de preparar os alimentos na região, dos alimentos propriamente ditos. Os baianos são apaixonados pelo feijão mulatinho, os paraenses amam peixe frito, os mineiros são loucos por couve e os gaúchos se orgulham do arroz branco, bem soltinho.

O que você espera do retorno do público com o Prato Feito e como está a expectativa para a estreia?

Quando eu tinha 19 anos aprendi a cozinhar. Não sabia nem fritar um ovo e resolvi fazer um curso de gastronomia. Eu não queria trabalhar com comida, nem ser chef. Só desejava aprender a cozinhar. E essa experiência transformou a minha vida. Aprender a cozinhar me trouxe muito mais do que autonomia para preparar as minhas refeições. Mudou o meu jeito de enxergar a vida. E a minha motivação continua sendo a mesma: quero trazer as pessoas para a cozinha. Porque quem cozinha pode fazer melhores escolhas. E, neste momento, lembrar as pessoas que somos mais brasileiros porque comemos arroz com feijão também pode ser útil para o país.