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Hagamenon Brito
Publicado em 12 de junho de 2016 às 13:42
- Atualizado há 2 anos
A atriz carioca Tatá Werneck, 32 anos, ficou famosa em grande escala mesmo quando interpretou a periguete Valdirene do Espirito Santo em Amor à Vida (2013), sucesso de Walcyr Carrasco. Tudo que a pobretona queria era ser famosa a qualquer preço. Fedora (Tatá) parando o trânsito, literalmente, na Av. Paulista, num dos primeiros capítulos de Haja Coração (Foto: TV Globo/Ramon Vasconcelos)Com muita habilidade cômica e sagaz na arte do improviso, Tatá estreou em novela ampliando um talento que os fãs teens do programa humorístico Quinta Categoria, da extinta MTV Brasil, conheciam desde 2010.>
De lá para cá, essa pequena grande mulher de 1,56 m interpretou a bem-humorada e otimista Pandora em I Love Paraisópolis (2015), onde foi irmã de criação da coprotagonista Mari (Bruna Marquezine), e agora volta a encarnar uma personagem tão exagerada quanto Valdirene: Fedora Abdala de Haja Coração, a recém-estreada novela das 19h da Rede Globo/TV Bahia. >
Conversível rosaAs semelhanças com Waldirene param por aí, please, porque a mimada Fedora é muito rica. “Ela acredita que o mundo gira em torno do seu umbigo. Não tem limites e tudo que faz é exagerado”, diz a atriz.>
Uma personagem assim merece realmente ter um conversível rosa, um BMW C4. Carro que ela, se necessário, para em pleno trânsito da Paulista, o coração financeiro de São Paulo e sua avenida mais famosa.>
Fedora tem a quem puxar - a extravagante mãe Teodora (Grace Gianoukas), com quem tem diálogos impagáveis na história escrita por Daniel Ortiz e baseada na novela Sassaricando (1987-1988), de Sílvio de Abreu.>
“Ela não é do tipo que gosta de passar despercebida. Quem vê-la repara nisso logo de cara”, afirma Grace Gianoukas sobre a espalhafatosa Teodora, casada com Aparício (Alexandre Borges), a quem faz de gato e sapato.>
“Ela não gosta de ser contrariada, e o marido vai bater de frente, especialmente com respeito à criação de Fedora”, completa Grace sobre os conflitos que rendem boas risadas ao público.Com tanto dinheiro ao seu redor, Fedora, a herdeira do império Abdala, atrai oportunistas, como Leozinho (Gabriel Godoy). O cara se apresenta a ela como milionário romântico e atencioso, mas na verdade está de olho na grana da família.>
“Ele não é um sujeito malvado, é só um trambiqueiro que deseja o dinheiro de maneira fácil. E ele guarda alguns mistérios. O Leozinho age a mando de um mentor que ainda não se sabe quem é”, conta Godoy. "Fedora acredita que o mundo gira em torno do seu umbigo. Ela não tem limites e puxa tudo para o exagero", diz Tatá WerneckApressado para botar a mão na fortuna, essa semana, Leozinho disse a Fedora que a família dele a considera pobre. A tolinha, então, pediu aos pais que eles passassem logo todos os bens dos Abdala para o seu nome. “É a única saída... A família do Leozinho acha que eu sou uma alpinista social!”, explicou a patricinha.>
Diante da recusa de Teodora e Aparício ao seu pedido, um argumento exagerado, claro: Fedora ameçou se matar. “Podem preparar o velório! Não quero flores! Quero ser cremada. Minhas cinzas podem ser jogadas no deserto do Saara”, gritou.>
Filha na ÁfricaEnquanto Fedora não se mata, o apelo da personagem junto aos espectadores - sobretudo, os adolescentes - já gerou um perfil no Instagram. Afinal, ela se considera uma it-girl, uma garota que cria tendência e desperta interesse sobre seu modo de vestir, andar, pensar e ser.Já na vida real, Tatá Werneck gerou muitos cliques em sites, essa semana, por ter revelado à apresentadora Angélica no programa Estrelas, do dia 4, que já viajou três vezes para a África e que ajuda uma “filha” adotiva.>
“Eu tenho uma filha adotiva na África, que é a Xipo. A mãe dela e a avó queriam colocá-la na adoção numa época, mas depois se arrependeram. Eu vou trazê-la pra cá”, contou entusiasmada.>
Angélica perguntou para Tatá se elas mantêm contato com frequência e a atriz explicou: “Ela tem 9 anos e não fala inglês, nem português, mas fala I love you. Ela é maravilhosa, ela é linda”, enfatizou.>
O envolvimento com questões sociais não é algo novo na vida da filha da escritora Clara Werneck e do editor Alberto de Jesus Arguelhes.>
Formada em Publicidade e Propaganda, na PUC do Rio, e em Artes Cênicas, na UFRJ, Tatá atua em defesa da proteção aos animais e da inclusão social das pessoas com deficiência física. Contribuiu, inclusive, na criação do primeiro grupo teatral brasileiro a produzir peças acessíveis às pessoas com quaisquer tipos de deficiência - Os Inclusos e Os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade.>
Por tais ações, aliás, Tatá Werneck bem poderia ganhar um dia um prêmio tipo mulher do ano. Ela já ganhou um prêmio assim, é verdade, em 2014, mas dado pela revista masculina GQ.>
Com ironia, claro, ela declarou sobre o inusitado prêmio: “Desde criança sempre fui muito criticada por ser uma mulher extrovertida. Anos depois, receber um prêmio como mulher do ano pela maior revista masculina do país tem um peso especial. Deixo a revista na mesa da sala pra quem tiver almoçado ser obrigado a ver”.>