Cirkopolis mistura música, dança, teatro e circo

Espetáculo usa várias linguages para abordar a solidão das cidades

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 06:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: fotos divulgação

Misture numa mesma montagem elementos de música, dança, teatro e circo. O resultado pode ser conferido no espetáculo Cirkopolis, da companhia canadense Cirque Éloize, que abre a turnê brasileira em Salvador, com apresentações sábado e domingo, no Teatro Castro Alves.

O espetáculo mostra uma cidade rígida e imponente, onde engrenagens gigantes e portais escuros esmagam seus habitantes. Nesse cenário desesperançoso, 12 acrobatas se rebelam contra a monotonia, reinventam suas vidas e desafiam os limites da cidade opressora. Todo o aspecto de tristeza e pesar é trocado por rajadas de cor, transportando o público para o sonho e a realidade presente nas acrobacias, música, imagens.

A montagem de Cirkopolis conta com um palco extremamente criativo, além de uma trilha sonora original e projeções especiais de vídeo, mesclando linguagens diversas num espetáculo de imagens e sons. Para o diretor artístico e codiretor do espetáculo,  Jeannot Painchaud, Cirkopolis foi idealizado como um meio termo entre imaginação e realidade, entre individualidade e comunidade, entre limites e possibilidades. “O espetáculo é conduzido pelo impulso poético da vida, pela destreza física do circo e pelo seu humor, ao mesmo tempo sério e descontraído. Entrar em Cirkopolis tem tudo a ver com se deixar levar e permitir que a esperança te mantenha em cima”, afirma. Cirkopolis leva a assinatura do diretor artístico do Cirque Éloize, Jeannot Painchaud, e de Dave St-Pierre, que também é coreógrafo. O espetáculo conta ainda com cenários de Robert Massicotte, música de Stefan Boucher, acrobacias de Krzysztof Soroczynski, figurinos de Liz Vandal, iluminações de Nicolas Descoteaux, videoprojeções de Robert Massicotte e Alexis Laurence e maquiagem de Virginie Bachand. Renald Laurin é consultor de dramaturgia, Emmanuel Guillaume, coordenador artístico, e Jonathan St-Onge, produtor executivo.

Energia Desde que o espetáculo iniciou a sua turnê, em setembro de 2012, recebeu avaliações positivas do público e da crítica. O espetáculo segue nos dias 14 a 17, no Vivo Rio,  no Rio de Janeiro; no dia 20, em Belo Horizonte, no Palácio das Artes;  em São Paulo entre os dias 22 a 24, no Teatro Alfa; no dia 26, em Ribeirão Preto, no Theatro Pedro II, e se despede do Brasil no dia 29, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre.

A Companhia Cirque Éloize, cujo nome (Éloize) significa “carregado de energia”, desempenha um papel importante na renovação das artes circenses, investindo na teatralidade e humanidade, combinando circo com música, dança e teatro de maneira original. O Cirque Éloize possui dez espetáculos próprios e já contabiliza mais de 4 mil apresentações em 440 cidades de mais de 40 países diferentes. A companhia participou de inúmeros festivais internacionais, além de apresentações na Broadway, em Nova York, e no West End, em Londres. O Éloize também desenvolve espetáculos especiais para eventos internacionais. Até hoje, mais de 1.300 eventos receberam a trupe.

Com um papel importante na renovação das artes circenses, o Éloize cria espetáculos desde 1993. Sempre em busca da perfeição, a companhia é uma das líderes na arte circense contemporânea. Graças aos talentos multidisciplinares dos artistas, o Cirque Éloize inova  combinando circo com música, dança e teatro de maneira original.

Serviço Teatro Castro Alves (Campo Grande). Amanhã, às 20h. Ingresso: R$ 140 | R$ 70 (filas A a P), R$ 110 | R$ 55 (Q a Z); R$ 80 | R$ 40 (Z1 a Z6), R$ 50 | R$ 25 (Z7 a Z11).