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Portal Edicase
Publicado em 19 de novembro de 2025 às 07:44
Os tigres ( Panthera tigris ) são os maiores felinos do planeta e verdadeiros símbolos de força, beleza e mistério. Encontrados principalmente na Ásia, habitam florestas tropicais, savanas e regiões montanhosas, onde exercem um papel essencial no equilíbrio ecológico como predadores de topo. A pelagem alaranjada com listras escuras, o olhar penetrante e o comportamento solitário fazem deles uns dos animais mais admirados e estudados da fauna mundial. >
Mas, além da aparência imponente, esses felinos escondem características fascinantes que revelam sua inteligência, instinto e adaptação ao ambiente. A seguir, confira algumas curiosidades sobre os tigres que ajudam a compreender melhor a grandiosidade dessa espécie tão especial! >
Assim como as impressões digitais dos humanos, as listras de cada tigre são totalmente únicas — nem mesmo dois indivíduos da mesma ninhada possuem o mesmo desenho. Elas surgem ainda no útero e são resultado de uma combinação genética exclusiva. Também estão presentes na pele, o que significa que, mesmo se o pelo for raspado, o padrão continuará visível. >
O tigre supera todos os outros felinos em tamanho e peso. Machos adultos podem alcançar até 3,3 metros de comprimento e pesar mais de 300 quilos, dependendo da subespécie — o tigre-siberiano, por exemplo, é o maior de todos. Esse porte robusto permite que enfrentem presas grandes, como cervos e búfalos. O corpo é musculoso e ágil, adaptado para saltar longas distâncias e derrubar animais muito maiores que eles. >
Ao contrário dos gatos domésticos, os tigres têm grande afinidade com a água. Eles nadam longas distâncias, atravessam rios e até se refrescam em lagos durante o calor. Essa habilidade é uma adaptação importante, já que muitas populações vivem em regiões úmidas, como manguezais e florestas tropicais. Além disso, o banho de rio ajuda a controlar parasitas e manter a temperatura corporal. >
Diferentemente dos leões, que vivem em grupos, os tigres preferem a solidão. Cada indivíduo adulto mantém um território próprio, que pode se estender por até 100 quilômetros quadrados, dependendo da disponibilidade de alimento e espaço. Os machos marcam a área com urina e arranhões em árvores para avisar outros tigres de sua presença. As fêmeas, embora também solitárias, podem compartilhar parte do território com seus filhotes até que cresçam. >
Os tigres são mestres da furtividade. Com patas acolchoadas e movimentos precisos, conseguem aproximar-se de suas presas quase sem fazer barulho. As listras ajudam na camuflagem, confundindo-se com as sombras da vegetação. Eles costumam se aproximar lentamente até ficarem a poucos metros do alvo e, com um salto rápido e poderoso, atacam de surpresa. Apenas uma em cada dez tentativas de caça é bem-sucedida, o que demonstra o quanto precisam ser estratégicos e persistentes. >
O rugido do tigre é um dos sons mais impressionantes da natureza. Essa vocalização grave e poderosa serve para comunicar presença, marcar território e até chamar parceiros durante o acasalamento. Em ambientes de floresta densa, o som pode viajar por mais de 3 quilômetros. Além do rugido, eles produzem outros sons, como grunhidos, ronronares e até “murmúrios” usados entre mãe e filhotes. >
A dieta do tigre é composta principalmente por animais grandes, como veados, búfalos e javalis. Graças à força das mandíbulas e aos dentes afiados, conseguem derrubar presas de grande porte e arrastá-las por longas distâncias. Após uma caça bem-sucedida, podem comer até 40 quilos de carne em uma única refeição e, depois, passar dias sem se alimentar. No entanto, a dependência de presas grandes também os torna vulneráveis: quando o alimento escasseia por causa da caça humana ou da destruição do habitat, a sobrevivência do tigre fica ameaçada. >
No início do século XX, havia mais de 100 mil tigres na natureza. Hoje, estima-se que restem menos de 4 mil indivíduos. Essa redução drástica ocorreu devido à caça ilegal, ao tráfico de partes do corpo para uso medicinal e à destruição das florestas onde vivem. Atualmente, a espécie está classificada como “em perigo” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Diversas organizações trabalham para proteger esses animais e preservar seus habitats, mostrando que a conscientização é fundamental para evitar a extinção. >