Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Portal Edicase
Publicado em 28 de setembro de 2025 às 10:43
Independentemente do lugar que more, seja em casa com extensa área verde ou apartamento sem nenhum tipo de planta, qualquer cachorro e gato está suscetível a ter pulgas, piolhos e carrapatos. Além da coceira, esses ectoparasitos, que se alimentam de sangue, também podem colocar em risco a saúde do animal, causando alergias e transmitindo doenças. >
Conforme Valéria Natascha Teixeira, médica-veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), os pets podem pegá-los pelo contato com animais infestados ou durante passeios e caminhadas em parques, praças e jardins. “É no meio ambiente que está a maior parte das pulgas e larvas de carrapatos que podem infestar os cães e gatos”, explica. >
Um dos sintomas da presença de pulgas, piolhos ou carrapatos é a coceira e, ao se coçar, o animal pode causar lesões na pele que podem infeccionar ou ocasionar alergias. Contudo, esses não são os únicos problemas. >
“As pulgas e carrapatos sugam sangue, provocam anemia e podem transmitir outros agentes infecciosos pela picada, causando doenças como a erliquiose e micoplasmose”, explica Valéria Natascha Teixeira. Além disso, se as pulgas e os carrapatos forem ingeridos , também podem transmitir vermes. >
Pulgas, piolhos e carrapatos podem ser encontrados em qualquer parte do corpo dos animais. No entanto, os carrapatos são frequentemente encontrados entre dígitos (“dedos dos animais”), orelhas e pregas de pele entre as axilas e a região inguinal. >
Segundo a médica-veterinária, a principal maneira de perceber que o cachorro ou gato está infestado é pela visualização dos ectoparasitos na pele e nos pelos. Por vezes, as pulgas podem ser mais difíceis de serem vistas, mas sobre o pelo do animal geralmente dá para ver uns farelos enegrecidos, que são as fezes desse inseto. >
Apesar de não ser muito efetivo e difícil, dependendo do tipo da pelagem, as pulgas podem ser retiradas do corpo do animal. Os piolhos, por outro lado, não são fáceis de remover, pois ficam muito aderidos ao pelo . >
Os carrapatos, conforme explica Valéria Natascha Teixeira, não devem ser arrancados, pois podem provocar inflamação e infecções no pet , uma vez que as peças bucais desses artrópodes ficam fortemente grudadas na pele. >
Uma vez que o cachorro ou gato está com pulgas, piolhos ou carrapatos, é preciso combater a infestação para não colocar em risco a saúde do animal. Para isso, podem ser aplicados produtos que eliminam, repelem ou afetam a produção de ovos ou o desenvolvimento dos ectoparasitos. Nesse caso, é importante consultar um médico-veterinário para indicar o produto mais adequado. >
Todavia, eliminá-los apenas do animal não é o suficiente. Também é preciso combatê-los no ambiente, para não voltarem a infestar o pet . Porém, isso pode ser um desafio um pouco maior para os tutores de cães e gatos , uma vez que os ectoparasitos são bastante pequenos e se reproduzem rapidamente. >
Conforme explica a médica-veterinária, os ovos, as larvas e as pupas das pulgas se acumulam em frestas no piso, na parede, nas casinhas dos animais e até no quintal. “Por isso, a limpeza do ambiente deve ser feita rigorosamente. Cobertores, roupinhas e caminhas têm que ser higienizados ou trocados com frequência”, orienta. >
Ainda de acordo com Valéria Natascha Teixeira, há produtos químicos que também podem ser aplicados nos ambientes para matar as formas adultas dos ectoparasitos. Entretanto, é importante tomar cuidado para não intoxicar animais e pessoas ou mesmo agredir o meio ambiente. >
Existem variadas formas de proteger cães e gatos de pulgas, piolhos ou carrapatos e, consequentemente, dos problemas causados por eles. “A higiene do ambiente, a inspeção dos animais após passeios, os banhos e o uso de produtos para combater os ectoparasitos são as principais formas de prevenção para pulgas, piolhos, carrapatos e doenças transmitidas por eles”, aconselha a veterinária. >
Além disso, também há uma série de produtos que podem ser utilizados para a prevenção, como coleiras, pipetas de aplicação no pescoço, sprays , talco e comprimidos. No entanto, antes de adquirir qualquer um deles, recomenda-se consultar um veterinário, pois o profissional pode indicar o mais adequado para cada animal. >