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Conheça a rotina do baiano motorista de trio desde 1980

Entre expectativas, sonhos e traumas, veja como é guiar um trio elétrico

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Santana
  • Fernanda Santana

Publicado em 17 de fevereiro de 2023 às 14:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Willian Aragão/Skol/Divulgação

A ideia era comprar um caminhão novo para continuar a rodar o Brasil, em 1984, mas Gibeom Trindade, 64 anos, saiu de Plataforma com um trio elétrico e uma profissão. A esposa adorou o trio Realce, Gibeom idem, e um amigo fez coro. O caminhoneiro decidiu investir e, entre expectativas e solidão, se tornou um dos mais antigos motoristas de trio elétrico do Carnaval de Salvador. 

O então novato começou pelas micaretas e estreou em Salvador no ano seguinte. Não parou mais. Na função de fazer o Carnaval andar, Gibeom guiou de veteranos - como Bell Marques - a novatos. Atrás do volante, a solidão contrasta com a multidão apertada do lado de fora. "Você vê todos e tudo, mas tem momentos que você se sente só".   A trajetória de Gibeom faz parte do especial em vídeo sobre pessoas fundamentais para o Carnaval de Salvador que o CORREIO publica, desde a abertura do Carnaval, na quinta-feira (16), até o última dia da folia, na próxima terça (21). Você poderá acessar os seis episódios - um divulgado por dia - no nosso Instagram, Tiktok e Facebook. 

Neste Carnaval, Gibeom trabalhará todos os dias - como está acostumado, começou o trabalho nas prévias da folia, no Fuzuê. Para se preparar para as horas de trabalho - o Circuito Dodô costuma exigir cinco horas sentado, o Osmar, sete - Gibeom não come sólidos. "Só frutas, para ter disposição, não ficar inchado e não ter contratempos", ensina.

Por uma dessas ironias da vida, ele tem trauma da folia. Aos 16, foi com um amigo à Praça Castro Alves e, sem que até hoje entenda o motivo, saiu de lá espancado, com ferimentos no corpo."Desde então não foi a mesma coisa. Mas eu fui todos os carnavais e fiz carnaval também todos os anos, na Quarta-Feira de Cinzas, quando vamos estacionar os trios", conta Gibeom. Em mais de três décadas, o trauma é só um capítulo da história. O Carnaval o fez realizar sonhos materiais, como comprar um carro, e simcólicos. Conheceu artistas que adora, como Xandy de Pilares, e criou relações profissionais queridas, como a com Xandy Harmonia. 

Às vésperas de completar 35 anos de Carnaval, ele avalia: "Eu fico me imaginando, já vou fazer 65 anos, daqui mais um tempo se eu não for mais dirigir, vou sentir muito. Mas também é o ciclo da vida". 

Acesse www.correio24horas.com.br e leia essas e outras notícias sobre o Carnaval. E, até a quarta-feira de Cinzas, se ligue nas redes sociais do #correio24horas, que teremos uma série de conteúdos especiais sobre a volta da folia às ruas.

O Correio Folia tem patrocínio da Clínica Delfin, apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador e apoio da Jotagê e AJL.