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Ana Beatriz Sousa
Publicado em 15 de julho de 2025 às 13:07
Longe das novelas desde Travessia (2022), Vera Zimmermann voltou às telas com uma rápida participação na nova versão de Vale Tudo, da Globo. Mesmo tendo recebido apenas duas cenas, a atriz aceitou o convite e o impacto foi imediato. "Quando foi ao ar, muita gente veio falar comigo. É impressionante o alcance que a Globo e a novela têm", conta. >
Aos 61 anos, Vera está focada no teatro e se prepara para estrear o espetáculo Clarice, baseado na obra de Clarice Lispector. Apesar da rotina nos palcos, ela afirma que adoraria voltar para a televisão. "Televisão tem um lado muito legal, que é o da visibilidade. Estou sempre pronta para trabalhar. Não tenho preguiça", diz.>
Ícone dos anos 80 e 90, Vera revelou que o autocuidado sempre foi uma prioridade. Vegetariana, longe do álcool há 13 anos e adepta da yoga, ela busca envelhecer com qualidade. "Faço exercícios para envelhecer com dignidade. Sempre fui vaidosa, nunca gostei de engordar. Me preparo para o palco, para uma queda... faz bem para a cabeça e para tudo.">
Vera Zimmermann
Sobre a maturidade, ela vê vantagens: "É incrível mentalmente. Somos menos inseguras, mais sábias. Claro que tem o espelho, as mudanças. Mas prefiro olhar o lado bom e aceitar.">
A atriz também reviveu um momento marcante da juventude: a música “Vera Gata”, composta por Caetano Veloso em sua homenagem. “Foi um presente eterno. Eu tinha 16 anos, não sabia que ele ia escrever a música. Um amigo me contou. É uma honra indescritível.”>
Ela confirmou o namoro com Caetano na época: "Era um namorico, vivíamos o amor livre dos anos 80. Nos frequentávamos, viajei com ele para a Bahia. Foi um momento muito especial.">
Mais recentemente, Vera viralizou ao aparecer nas redes em um casamento junino com a atriz Luciana Ramanzini, sua companheira há mais de três anos. Em entrevista ao O Globo, Vera declarou: “Já nos consideramos casadas. Não tenho necessidade de formalizar, colocar no papel. Nos conhecemos no teatro e falamos a mesma língua.”>
“Sempre tive namoradas, só não falava. Quando perguntavam sobre amor, eu respondia que estava sozinha. Naquela época, falar que era lésbica significava correr o risco de ser rotulada e limitada nos papéis. Hoje é diferente. É um sonho poder viver sem esconder de ninguém.”>
Segundo ela, ainda há muito a se conquistar em termos de visibilidade e igualdade, mas o caminho está sendo construído. “O preconceito ainda existe, mas hoje há mais espaço para sermos quem somos. É uma transformação linda que está acontecendo.”>