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Ancelotti revela problema com jogador brasileiro em livro: 'Eu era o chefe e tive de lembrá-lo'

A relação com dirigentes também não escapou de críticas

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 08:12

Carlo Ancelotti durante coletiva
Carlo Ancelotti durante coletiva Crédito: Rafael Ribeiro/CBF

Carlo Ancelotti voltou aos holofotes não apenas por comandar a seleção brasileira, mas também pelo lançamento de sua nova biografia. No livro “O Sonho – quebrando o recorde de vitória da Champions League”, lançado nesta quinta-feira (25) em inglês, espanhol e italiano, o treinador relata passagens marcantes de sua carreira. A edição em português chega ao Brasil em 24 de novembro, pela Planeta.

Dono de uma relação especial com a Liga dos Campeões, competição na qual já foi bicampeão como jogador e cinco vezes vencedor como técnico, Ancelotti dedica as 256 páginas da obra exclusivamente ao torneio. É a quinta publicação do treinador, escrita em parceria com o professor inglês Chris Brady, e traz memórias de 26 edições disputadas, sendo 22 delas à beira do campo.

É um dos poucos a ganhar a Champions League como jogador e como técnico.É um dos poucos a ganhar a Champions League como jogador e como técnico. É um dos poucos a ganhar a Champions League como jogador e como técnico. É um dos poucos a ganhar a Champions League como jogador e como técnico por Divulgação

Apesar do foco maior nos jogos, o italiano também expõe bastidores. Um deles envolve Rivaldo, contratado pelo Milan após a Copa de 2002. O meia, inconformado por ir para o banco, confrontou o treinador: “Rivaldo nunca ficou no banco. Rivaldo não fica no banco”. Ancelotti não recuou. “Tudo bem. Sempre há uma primeira vez e agora é o momento certo para ser a primeira. Você vai para o banco”, recorda, frisando: “Eu era o chefe e tive de lembrá-lo disso”.

A relação com dirigentes também não escapou de críticas. No PSG, entrou em choque com Leonardo, então diretor de futebol. Antes de uma partida contra o Porto pela Champions, o brasileiro lhe deu um ultimato: “Se não vencer esta partida, você será demitido”. Para o treinador, a postura foi absurda: “Aquilo era ridículo. Disse isso ao Leonardo. Se aquela era a forma de demonstrar confiança, eu não quero continuar nem se ganharmos a Liga dos Campeões”.

Demissão dura

Outra passagem amarga descrita no livro ocorreu no Bayern de Munique, onde trabalhou entre 2016 e 2017. Diferente das saídas geralmente cordiais que marcaram sua carreira, ele classificou a demissão como a mais dura que sofreu. “Foi a demissão mais autoritária de toda a minha carreira”, afirma. Segundo ele, a pressão dos acionistas e a influência de ex-jogadores na gestão criaram um ambiente tenso.

A derrota por 3 a 0 para o PSG pela Champions, em setembro de 2017, selou sua saída. No dia seguinte, a diretoria se reuniu e decidiu que o problema era o treinador. “O desempenho do nosso time desde o início da temporada não correspondeu às nossas expectativas. A partida em Paris demonstrou claramente que precisávamos agir”, relembra a fala de Karl-Heinz Rummenigge.

Mesmo com episódios turbulentos, Ancelotti também dedica espaço a reflexões sobre futebol. Em uma delas, diz que as disputas de pênaltis são “100% psicológicas”. Para ele, não adianta treinar cobranças repetidamente, mas sim preparar o jogador para o peso do momento.