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Astro da Copa de 1994 hoje vende aspiradores, mas diz ser feliz por ter parado cedo

Ele se aposentou com apenas 28 anos

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 02:00

Tomas Brolin contra o Brasil
Tomas Brolin contra o Brasil Crédito: Reprodução

Tomas Brolin, lembrado por muitos como uma das estrelas da Suécia na Copa do Mundo de 1994, surpreende não apenas pelo que conquistou dentro de campo, mas também pela decisão precoce de pendurar as chuteiras. Aos 28 anos, quando ainda era considerado um dos nomes fortes do futebol europeu, ele encerrou a carreira - não por lesões, como seria comum, mas por pura escolha pessoal.

“Estava cansado de treinar todos os dias e tinha outros projetos na minha cabeça. Sempre fui muito curioso”, explicou o ex-jogador em entrevista à Gazzetta dello Sport. Segundo ele, o futebol deixou de ser prazeroso: “O futebol foi divertido quando eu era criança e tornou-se um emprego quando fiquei um pouco mais velho.”

Tomas Brolin por Reprodução

Mesmo com uma trajetória curta, Brolin deixou sua marca. Foi peça importante na campanha sueca que levou o país ao terceiro lugar no Mundial de 1994. No mesmo ano, conquistou o quarto lugar na Bola de Ouro, ficando atrás apenas de Hristo Stoichkov, Roberto Baggio e Paolo Maldini. “Nada mau, certo?”, brincou.

Vida nova

Após se afastar dos gramados, o ex-jogador do Parma, Leeds e Crystal Palace mergulhou no mundo dos negócios. E suas escolhas foram tudo, menos convencionais. Entre investimentos na área de calçados, música, gastronomia e até imóveis, o que mais chamou atenção foi sua entrada no mercado de aspiradores de pó.

A decisão veio após um encontro inusitado: “Um dia, um homem veio falar comigo, era um personagem estranho, um inventor. Ele propôs a sua nova ideia de aspiradores. Fui literalmente atraído por ele e abri uma empresa com ele. Foi o empurrão que não me deu mais vontade de voltar ao campo”, contou Brolin, com o entusiasmo de quem encontrou um novo propósito.

"Vendo aspiradores e estou feliz"

Conhecido pelo apelido de “Brinquedo Assassino”, uma referência à sua aparência semelhante ao boneco Chucky, Brolin garante que não sente falta da rotina do futebol. Apesar de não perder um jogo do Parma, seu clube do coração, ele afirma estar satisfeito com sua nova realidade.

“Também nisto vejo a estranha beleza da vida, capaz de nos surpreender a qualquer momento. É por isso que quero procurar sempre novas experiências, e por isso driblo o tédio. Hoje vendo aspiradores e estou feliz, amanhã quem sabe...”, declarou.

Para Brolin, a escolha de se aposentar cedo teve menos a ver com o físico e mais com a mente. “Na época, todos me disseram que aos 28 anos era muito cedo para me aposentar, mas eu respondi: ‘Depende do que fizeste nestes 28 anos’. Eu, na minha carreira, tinha feito muito. E a vida é muito curta para fazer coisas chatas. Eu não faço coisas que não me divertem”, reforçou.

O ex-jogador acredita que sua veia empreendedora sempre esteve presente. “Precisava de outra coisa. A minha cabeça procurava novas experiências e ser empreendedor ajudou-me. Conheci um novo mundo, aprendi um ofício, voltei ao jogo. Cheguei à conclusão de que sempre quis estar envolvido em todas as áreas. Fiz isso com o futebol e fiz isso com a atividade empresarial.”