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Ceni mostra 'inconformismo' por derrota do Bahia: 'Empate tinha valor'

Treinador não escondeu a irritação após o Bahia levar gol no apagar das luzes e perder para o São Paulo em casa: 'Aos 52 minutos, não existe mais jogo'

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  • Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 00:27

Rogério Ceni mostra descontentamento durante jogo do Bahia contra o São Paulo
Rogério Ceni mostra descontentamento durante jogo do Bahia contra o São Paulo Crédito: Paula Fróes/CORREIO

O Bahia poderia ter terminado a rodada fora da zona de rebaixamento do Brasileirão. E esse era o cenário que se desenhava até os 52 minutos do segundo tempo do jogo contra o São Paulo, na noite desta quarta-feira (29). Mas um gol de Caio Paulista no apagar das luzes surpreendeu o Esquadrão, decretando a derrota da equipe por 1x0 em plena Arena Fonte Nova.

Em entrevista coletiva ao fim do jogo, o técnico Rogério Ceni não escondeu a irritação pela forma com que o resultado negativo aconteceu. Visivelmente abatido, o treinador falou em 'inconformismo', e lamentou a precipitação do time em se lançar ao ataque na reta final. Também chegou a mencionar o zagueiro Vitor Hugo, com quem conversou cara a cara ainda no campo.

"Isso é parte do jogo. Vitor Hugo, no intuito de vencer a partida, foi para o ataque. Disse para ele que, em determinados momentos do jogo, a gente tem que manter a posição. Na ausência do triunfo, o ponto era muito importante para a gente. Não fizemos grande jogo, primeiro tempo bem abaixo. Não podemos decidir por si só. Com esse ponto, estaríamos fora da zona de rebaixamento. Tínhamos que proteger o ponto. Coisas de jogo, que são do campo", comentou Ceni.

Com a derrota, o Bahia se manteve na 17ª posição, com os mesmos 41 pontos, e já não depende apenas das próprias forças para permanecer na Série A. Se tivesse empatado, teria ultrapassado o Vasco. O cruz-mantino tem 42 pontos, mas o Esquadrão ficaria à frente pelo número de gols marcados.

"Não adianta a gente jogar a culpa, o problema é o momento. Faltou a gente encerrar o jogo ali. Não conseguimos fazer um grande jogo, eles tiveram mais oportunidades de vencer do que a gente. Naquele momento, o ponto era muito necessário, sairíamos com outra sensação. Acabaríamos à frente na tabela. Tem que valorizar quando tem o ponto, baixar as linhas, se fechar. Não podemos dar oportunidade para o adversário faltando dois minutos para o fim do jogo", falou.

Para enfrentar o São Paulo, o técnico optou por manter a escalação que havia goleado o Corinthians na rodada anterior, fora de casa, por 5x1. Segundo Ceni, a ideia era ter mais posse e controle de bola, mas a ótima atuação não se repetiu.

"[Faltou] ter a bola. Não conseguimos trocar cinco passes, rifamos muito para frente. Sem a bola, não tivemos o mesmo controle de jogo. Não conseguimos ter o que tivemos de melhor contra o Corinthians, que foi controlar o jogo, manter a posse de bola, atacar os espaços como foi feito. Achei que a melhor escalação para hoje era essa, repetida, pelo estilo de jogo. Achei que nos daria mais a posse e o controle. No fim, não tivemos esse controle. Não conseguimos trocar passe no primeiro tempo. Fomos bem depois da entrada de Everaldo, algumas oportunidades em 15 minutos. Fora isso, a gente não controlou o jogo. O São Paulo foi melhor na partida e a gente só marcou", lamentou.

Ainda durante a coletiva, Ceni foi questionado sobre uma possível demora para fazer a primeira alteração, com Everaldo no lugar de Yago. O treinador demonstrou certa irritação com a pergunta.

"Que mudança? Qual mudança você sugere? Fizemos a mudança no momento em que achávamos adequado. Para colocar Everaldo, tinha que mudar o sistema de jogo. Nós mudamos quando Everaldo entrou, Rezende passou a jogar em uma linha com dois volantes, Yago sai naquele momento".

O Bahia não tem muito tempo para lamentar. A equipe volta a entrar em campo neste domingo (3), às 16h, quando visitará o já rebaixado América-MG no estádio Independência, em Belo Horizonte. Apesar da proximidade, Ceni disse ainda não conseguir pensar na partida.

"Estou pensando só no ponto que nós deixamos de somar, que nos deixaria fora da zona de rebaixamento. Sei a maneira que o América-MG joga, mas não consigo visualizar agora. Temos que aprender a valorizar. Aos 52 minutos, dentro de sua casa, não existe mais jogo. Pega a bola, coloca debaixo do braço, acabou. Eles foram superiores. O ponto, pelo que produzimos, não estava ruim. Estávamos fora da zona de rebaixamento. O inconformismo é sobre isso. Não sei ainda o que vamos fazer [contra o América-MG]", admitiu.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Rogério Ceni:

Linha de três zagueiros desfeita

Não tinha volante. O gol não é por ali. Não tinha outro volante para por. A gente não tinha outro atleta da função. E o sistema não foi eficaz. Melhoramos quando passamos para a linha de quatro. Com os dois volantes, criamos mais oportunidades de vencer. Tentamos ter jogadores mais frescos para defender, com Ademir e Ratão pelos lados. Mugni de 10 e Everaldo de centroavante. A bola estava relativamente no nosso controle. Não é pela linha de três ou de quatro que sofremos o gol, perdemos duas vezes no rebote.

Camilo Cándido erra no lance?

Aí vamos entrar em erros individuais, que não é o motivo da entrevista coletiva. Erros dentro do jogo acontecem, e temos que estar prontos para suprí-los. Tem uma série de coisas que poderíamos ter feito, e houve uma sequência de erros que nos levou até o momento de sofrer o gol.

Marcação dobrada do São Paulo

Em qual lugar do campo eles dobravam a marcação? E em qual jogador? Nós também dobramos a marcação várias vezes. Quando joga em linha de três, um vai marcar, o outro vem dobrar. O São Paulo jogou melhor que o Bahia. É a única coisa que posso admitir.