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Com nove desfalques e tabu de 28 anos, Vitória encara missão impossível contra o São Paulo

Com Carille no papel de ‘Ethan Hunt’, Leão tenta pontuar fora de casa para fechar o turno fora da zona de rebaixamento

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Pedro Carreiro

Publicado em 9 de agosto de 2025 às 08:00

Último treino do Vitória antes de encarar o São Paulo
Último treino do Vitória antes de encarar o São Paulo Crédito: Victor Ferreira/EC Vitória

São Paulo, 09 de agosto de 2025 – O cenário está armado no icônico Estádio do Morumbi. Não é a Torre Eiffel nem as ruas de Veneza, mas o desafio que aguarda o Vitória neste sábado (9), às 18h30, tem todos os ingredientes de uma missão impossível. E quem melhor para liderar essa operação de alto risco do que o técnico Fábio Carille, o "Ethan Hunt" rubro-negro, diante do implacável "Syndicate" tricolor?

A missão, clara e urgente, é diretamente da "Agência": pontuar. O Vitória, 16º colocado com 18 pontos, precisa escapar da sombra do rebaixamento. O Vasco (17º, com 15 pontos) respira em seu pescoço, ainda que com dois jogos a menos. Um resultado positivo contra o São Paulo na última rodada do primeiro turno do Brasileirão é crucial para virar o turno fora da zona da degola.

Porém, como em qualquer missão de Tom Cruise, os obstáculos são monumentais. O Leão da Barra adentra o território inimigo com nove agentes fora de combate. O departamento médico registra baixas importantes: Jameson (fratura no tornozelo), Cáceres (lesão grau 2 na coxa), Claudinho (entorse no tornozelo), Willian Oliveira (desconforto no joelho) e Matheusinho (fascite plantar). Além disso, Erick está impedido de atuar por cláusula contratual contra o próprio São Paulo.

Último treino do Vitória antes de encarar o São Paulo por Victor Ferreira/EC Vitória

O volante Pepê, expulso no Ba-Vi, cumpre suspensão (após redução da pena pelo STJD para três jogos; já cumpriu um, faltam este e contra o Juventude). Para piorar o cenário de última hora, Baralhas e o português Rúben Ismael foram vetados pelo departamento médico, engrossando ainda mais a lista de ausências.

O protocolo de improvisação é ativado. Sem os seus dois laterais-direitos, o "Agente" Carille precisa recalibrar o time. Lucas Braga, com experiência na função sob seu comando no Santos, surge como opção. Alternativas radicais incluem deslocar o zagueiro Edu ou lançar o jovem Paulo Roberto, um dos garotos da base chamados junto com o volante Edenilson para reforçar o pelotão desfalcado.

No centro do campo, a dupla de volantes deve ser Ronald e Ryller. À frente deles, na função de meia criativo, as opções são o possível estreante Romarinho ou o português Rúben Rodrigues. Uma luz na escuridão vem com o anúncio de que o lateral Ramon, contratado na sexta-feira (8), já está relacionado e pode ser o "novo gadget" tático.

Mas o maior desafio é histórico, um tabu que parece intransponível como um sistema de segurança de última geração: em 21 visitas ao Morumbi, o Vitória nunca venceu. O saldo é aterrador: 18 derrotas, apenas 3 empates e nenhuma vitória – um aproveitamento pífio de 5%. Chocantemente, todos os empates ocorreram antes de 1997, um ano depois do lançamento do primeiro filme da saga Missão Impossível. Há 28 anos o Leão não conquista sequer um ponto na casa do São Paulo. O saldo de gols? 16 marcados, 53 sofridos (37 negativos).

É aqui que entra o "Ethan Hunt" Carille. Seu retrospecto contra o São Paulo é o "arquivo confidencial" que dá esperança ao Vitória. Desde 2017, como técnico principal, por Corinthians e Santos, são 15 jogos: 8 vitórias, 5 empates e apenas 2 derrotas – um aproveitamento impressionante de 64%. E, crucial para esta missão, no próprio Morumbi ele já venceu duas vezes (2017 com o Corinthians e 2024 com o Santos), além de registrar 4 empates e 2 derrotas (aproveitamento de 42%).