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Projeto Verão: especialistas alertam para os riscos de buscar resultados rápidos

Tentativa de “recuperar o corpo perdido” em poucas semanas pode gerar lesões, efeito rebote e sobrecarga ao organismo

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 07:00

Efeito rebote pode prejudicar a perda de peso pós-bariátrica (Imagem: Ahmet Misirligul | Shutterstock)
Efeito rebote pode prejudicar a perda de peso Crédito: Shutterstock

A aproximação do verão costuma acender um gatilho conhecido: a corrida repentina para “compensar” meses de sedentarismo e descuido alimentar. O movimento já é percebido por profissionais de saúde e atividade física, que observam a chegada de alunos determinados a intensificar treinos e dietas de maneira brusca, um comportamento que, segundo especialistas, traz mais riscos do que resultados.

“Todos os anos, quando o calor chega, há um aumento expressivo de pessoas tentando recuperar em poucas semanas aquilo que não foi cuidado durante o ano inteiro. Esse tipo de mudança radical no treino é perigoso, porque o corpo não está preparado”, alerta o personal trainer Anderson Moraes. Ele explica que o aumento repentino de cargas e volume de exercícios é uma das principais portas de entrada para lesões, inflamações e até episódios de fadiga extrema.

É possível variar o treino na esteira, deixando-o mais dinâmico  por Imagem: Friends Stock | Shutterstock

Segundo o profissional, há ainda um componente emocional que intensifica esse quadro. “A comparação e a pressa fazem com que muitos ultrapassem limites básicos de segurança. O resultado é o oposto do desejado: em vez de evolução, surge dor, afastamento dos treinos e frustração”, reforça Moraes.

A pressa por resultados também se reflete na alimentação, outro ponto que desperta preocupação entre nutricionistas. Claudia Laskanski, nutricionista clínica, observa que dietas restritivas e estratégias de emagrecimento acelerado voltam a circular com força nesta época do ano.

“A ideia de ‘secar rápido para o verão’ leva muitas pessoas a adotarem comportamentos alimentares extremos, como cortar grupos inteiros de alimentos, treinar em jejum sem orientação ou usar recursos que prometem resultados imediatos. Esses excessos podem comprometer o metabolismo, diminuir a imunidade e criar ciclos de compulsão”, explica Laskanski.

Hábito tão comum que passa despercebido pode estar influenciando diretamente o seu processo de emagrecimento por Reprodução | Freepik

Principais riscos dos excessos de verão

  • Lesões musculares e articulares devido ao aumento súbito de intensidade e carga.
  • Quedas de pressão, tonturas e náuseas provocadas por treinos intensos sem reposição adequada.
  • Efeito rebote, comum após dietas agressivas, levando ao reganho rápido de peso.
  • Alterações metabólicas e hormonais associadas a restrições alimentares severas.
  • Baixa imunidade, deixando o organismo mais vulnerável a infecções.

Dicas práticas para um início seguro e sustentável

  • Comece devagar, mas comece certo: Planos progressivos são mais eficazes do que mudanças bruscas. Aumentos graduais de carga reduzem risco de lesão.
  • Ajuste as expectativas: Resultados consistentes levam tempo. Segundo Anderson Moraes, “a constância vale mais do que a intensidade ocasional”.
  • Abandone dietas milagrosas: Claudia Laskanski lembra que “a alimentação precisa ser equilibrada, e não uma punição”. Carboidratos, proteínas e gorduras têm funções essenciais.
  • Hidrate-se adequadamente: No calor, o organismo perde mais líquidos. Treinos intensos exigem reposição constante.
  • Ouça o corpo: Sinais como dor aguda, tontura e exaustão não devem ser ignorados
  • Procure orientação profissional: Treinadores e nutricionistas ajudam a personalizar rotinas que respeitam limites individuais.

Mudanças sustentáveis geram resultados duradouros

O alerta dos especialistas reforça a necessidade de transformar o ímpeto do verão em oportunidade de criar hábitos permanentes. “Mais importante do que uma estética de temporada é construir saúde para o ano todo”, resume Anderson Moraes.

Claudia Laskanski concorda e completa: “Quando a motivação é apenas o verão, a pessoa entra em ciclos de excesso e culpa. Quando a motivação é saúde, o processo se torna leve, contínuo e realmente transformador”.