Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Do 8x0 à redenção: torcida lota o Barradão e Vitória volta a vencer

Quase 29 mil rubro-negros mostraram amor incondicional e fizeram a diferença na vitória por 1x0 sobre o Atlético-MG

  • M
  • Moyses Suzart

Publicado em 31 de agosto de 2025 às 21:14

Vitória
Vitória comemora resultado no Barradão Crédito: Victor Ferreira | EC Vitória

Existe algum lugar do mundo onde uma torcida que viu seu time levar 8x0 há uma semana lota o estádio no jogo posterior? Sim, no Barradão. Foram 28.898 guerreiros que não largaram a mão do seu clube nem na pior goleada que sofreram no Brasileirão. O Vitória pode até não ter chance nenhuma de título e continua brigando para não cair, mas já pode levantar o troféu da torcida mais apaixonada do Brasileirão. E este amor incondicional fez efeito. Ontem, no Barradão, teve de tudo, menos frustração. Os jogadores honraram o manto e voltaram a vencer em casa, por 1x0.

Desde o início os atletas perceberam que não estavam sozinhos e, desde os primeiros minutos, mostraram mais garra que em qualquer jogo deste ano na competição. Se era para trombar, trombavam. Se era para correr, corriam. O que não podia era perder o lance. Com um time bastante ofensivo, não demorou para que o incentivo vindo da torcida surtisse efeito. Logo aos 5 minutos, um golaço sacudiu o estádio.

Vitória por Victor Ferreira | EC Vitória

Vovô Osvaldo avançou pela esquerda, cortou para o centro e tocou para Erick. O camisa 33 ajeitou para a perna canhota, bateu colocado no ângulo direito de Everson e incendiou o Barradão. Uma pintura de presente para quem não abandonou o Vitória. O Leão manteve o ritmo, mas o Galo teve mais posse de bola, chegando a ter 62%, mas sem muito perigo.

"Tivemos uma proposta de pressionar na frente. Demos uma baixada, mas o time adversário tem muita qualidade. É ver o que o professor vai falar no intervalo para sair com a vitória", disse Erick, autor do gol, no intervalo. Mas a proposta era clara: segurar o resultado até o final da partida para que a festa fosse completa.

Sofrimento

O segundo tempo começou sem grandes sustos. O Atlético até criou mais, mas o Vitória também tentava ampliar. Um jogo, digamos, equilibrado até chegar nos 35 minutos do segundo tempo. Nenhum torcedor do Vitória poupou suas unhas. Todos sabiam que, nos últimos três jogos no Barradão, o Vitória vencia, mas levava empate nos minutos finais. E para completar, o Atlético Mineiro acertou a trave duas vezes, em sequência. Kayzer, já substituído, se desesperava no banco de reservas.

Para completar, o Vitória perdia chances claras para matar qualquer rubro-negro do coração. Aos 36, Ronald ficou de cara com Everson, mas o goleiro se recuperou e ficou com a bola. Para a "sorte" de Ronald, o auxiliar assinalou impedimento. Em sequência, já aos 43, Fabri arrancou pela direita, fez belo corte e só precisava balançar a rede. Mas perdeu a chance do alívio.

Para colocar mais drama, o Vitória ainda brincava de cometer faltas perto da área para Hulk bater. Um drama, mas que não tirava o ritmo da torcida, que continuava cantando. Quando o árbitro indicou oito minutos de acréscimos, cada segundo parecia uma eternidade. Mais uma vez o Vitória teve a chance de matar o jogo, mas o fominha do Carlinhos, que poderia deixar Matheuzinho livre, perdeu a bola.

A sorte é que o Galo também desperdiçava suas chances claras de gol. O drama do final se tornou em alívio e lágrimas. Os deuses do futebol não queriam estragar a festa da torcida que canta, vibra e não abandona. No final, os jogadores choravam em campo. Só não se sabe se foi pela vitória suada ou pelo exemplo de amor incondicional que a torcida deu ontem.