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Especialista propõe final da Copa de 2026 às 9h da manhã por risco de calor extremo

Altas temperaturas nos EUA acendem alerta sobre riscos físicos em jogos; professor britânico recomenda mudança inédita de horário como solução

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Pedro Carreiro

  • Estadão

Publicado em 1 de julho de 2025 às 19:25

Mundial de Clubes da Fifa
Mundial de Clubes da Fifa Crédito: Reprodução/Fifa

As altas temperaturas registradas durante o Mundial de Clubes nos Estados Unidos acenderam um alerta fora das quatro linhas: o calor extremo pode se tornar um dos maiores desafios da Copa do Mundo de 2026. Em entrevista à BBC Sport, o professor Mike Tipton, especialista em fisiologia da Universidade de Portsmouth, defendeu que, diante do risco à saúde de jogadores e torcedores, a final do torneio seja disputada às 9h da manhã, um horário inédito para uma decisão mundial.

"Do ponto de vista fisiológico e de desempenho, o mais seguro seria realizar os jogos o mais cedo possível. Se mantiverem as partidas durante a tarde, as consequências podem ser sérias para atletas, árbitros e torcedores", alertou Tipton, que presta consultoria a federações esportivas e já trabalhou com atletas olímpicos britânicos.

O especialista comentou ainda que está "impressionado com as condições às quais os jogadores foram expostos" durante o torneio atual, especialmente em cidades da costa leste americana, onde os termômetros chegaram a 39°C em pleno mês de junho. O MetLife Stadium, em Nova Jersey - que sediará a final do Mundial de 2026 -, não possui cobertura e oferece pouca sombra ao público. "O ideal seria um estádio climatizado e coberto. Como isso não será possível, o que resta é adaptar o horário", completou.

A fala de Tipton reacende uma discussão que já havia sido levantada em edições anteriores. A Copa de 2022, por exemplo, foi deslocada para o inverno do Catar justamente por conta das altas temperaturas locais. Nos Estados Unidos, Canadá e México, a Copa de 2026 está mantida para o verão, com previsão de jogos em horários como 12h, 15h, 18h e 21h (locais), segundo informações extraoficiais da própria FIFA.

Além dos riscos aos jogadores, o professor destacou que "a ameaça é ainda maior para o público", composto em sua maioria por pessoas sem preparo físico específico. "É um ambiente estressante para qualquer um. Se todas as evidências científicas indicam perigo, insistir em manter o cronograma original transfere uma grande responsabilidade para os organizadores", disse.

Embora a Fifa ainda não tenha se manifestado oficialmente sobre a possibilidade de mudanças nos horários, a entrevista de Tipton ganhou repercussão na imprensa britânica e europeia, principalmente pelos jogadores reclamarem do calor extremo que vêm enfrentando durante o Mundial de Clubes.