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Ídolo francês, Thierry Henry diz que escondeu depressão durante carreira

"Menti durante muito tempo porque a sociedade não estava preparada para ouvir o que eu tinha para dizer", afirmou o ex-atacante

  • D
  • Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2024 às 16:09

Thierry Henry em jogo pela seleção da França contra a Itália na Eurocopa de 2008
Thierry Henry em jogo pela seleção da França contra a Itália na Eurocopa de 2008 Crédito: ph.FAB/Shutterstock.com

Histórico atacante do Arsenal e da seleção francesa, Thierry Henry revelou ter convivido com depressão ao longo de sua carreira. O ex-jogador e hoje técnico da seleção sub-21 da França atribuiu boa parte dos seus problemas de saúde mental à busca por aprovação, especialmente durante a infância.

"Menti durante muito tempo porque a sociedade não estava preparada para ouvir o que eu tinha para dizer", afirmou, em entrevista ao podcast Diário de um CEO. 

O ex-atacante admitiu que não tratou os problemas de saúde mental nos anos em que jogou futebol profissionalmente, e "teve que se adaptar". Henry é o maior artilheiro da história do Arsenal, com 228 gols marcados em 377 jogos. Também foi campeão da Copa do Mundo com a França em 1998 e acumulou passagens de sucesso por clubes como Monaco e Barcelona.

"Durante toda a minha carreira, e desde que nasci, devo ter tido depressão. Eu sabia? Não. Fiz alguma coisa a respeito? Obviamente que não. Mas me adaptei de uma certa forma", falou.

"Eu sabia disso [problemas de saúde mental] antes, mas estava mentindo para mim mesmo. Estava me certificando de que esses sentimentos não fossem longe demais, coloquei a capa [de herói]. Mas quando você não é mais um jogador, você não pode colocar mais aquela capa", seguiu.

Henry pendurou as chuteiras em 2014 e investiu na carreira de treinador. Ele estava no comando do Montreal, do Canadá, quando estourou a pandemia da covid-19. O confinamento e a separação dos filhos - que estavam na Europa - o levaram a enfrentar seus traumas de infância.

"Chorava quase todos os dias, sem motivo", afirma. "As lágrimas vinham do nada. Por quê? Não sei, mas talvez estivessem lá há muito tempo".

Henry ainda falou que suas inseguranças podem ter vindo na infância. Segundo ele, havia a busca constante pela aprovação de seu pai, Antoine, que frequentemente criticava seu desempenho em campo.

"A maior pressão da minha carreira foi colocar um sorriso no rosto do meu pai. Foi a coisa mais difícil que tive que fazer na minha vida. Um dia meu time ganhou e eu marquei seis gols. Estávamos no carro em silêncio. Pensei: 'devo falar ou não?'. Ele me perguntou: 'Está contente?'. Disse que sim. E ele disse: 'Sim, mas não devia, porque perdeu aquele gol, errou aquele cruzamento...'", lembrou.