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Desencarne: entenda como os espíritas enxergam a morte

Para os seguidores da doutrina de Allan Kardec, a vida não acaba na morte carnal

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Yan Inácio

  • Millena Marques

Publicado em 18 de maio de 2025 às 13:00

Morte não é fim para os espíritas
Atitudes ao longo da vida definem como será a passagem para o outro plano Crédito: Freepik

Os seguidores do Espiritismo, doutrina fundada por Alan Kardec (1804-1869) no século XIX, acreditam que a morte não é o fim. No Livro dos Espíritos, principal obra da religião, o francês afirma que depois de um falecimento ocorre uma transição para o mundo espiritual. Foi o que aconteceu com Divaldo Franco, um dos maiores líderes do espiritismo do Brasil, que faleceu nesta terça-feira (13), aos 98 anos.

Mentorado pelo espírito de Joanna de Ângelis, o médium, que foi sepultado no Bosque da Paz na última quinta-feira (15), retorna agora para o plano astral, de onde vai continuar seu trabalho social. Na Doutrina Espírita, esse processo é chamado de desencarne e diz respeito à saída da alma do corpo depois da morte e seu retorno ao mundo espiritual.

Divaldo enfrentava desde 2023 vários problemas de saúde, incluindo um diagnóstico de câncer de bexiga, em novembro do ano passado. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, segundo a assessoria da Mansão do Caminho. Ele foi velado na quarta-feira (14).

O que acontece com a alma depois do desencarne?

Jorge Godinho, presidente da Federação Espírita do Brasil, conta que a alma segue ativa depois do desencarne. “A morte para nós é uma transição da dimensão material à dimensão espiritual, onde nós continuamos ativos, trabalhando, aprendendo, ajudando, podemos até sofrer, dependendo de como nós encaramos essa realidade”. Ou seja, é a transição para uma nova etapa da existência, onde o espírito continua vivo e em evolução.

Para os espíritas, Jesus foi o primeiro a manifestar essa imortalidade da alma. “Já foi demonstrada por Ele há dois mil anos, quando apareceu várias vezes, para não deixar dúvida em ninguém, não só para [Maria] Madalena, mas várias vezes aos discípulos, para que ficasse testemunhado para a humanidade futura que a morte é apenas uma transição da vida material para a vida espiritual”, diz Godinho.

Mário Sérgio Pintos, diretor da Mansão do Caminho, afirma que a passagem para o outro plano também depende das ações durante a vida. “Quando você fica bem na vida e tem boas ações, a morte é boa. Quando você não se comporta bem, a morte é mais difícil”. É por isso que uma vida marcada por boas atitudes e ajuda ao próximo pode colaborar para um desencarne tranquilo. Caso contrário, o processo pode demorar até séculos.

“Nós espíritas somos sempre instruídos a nos comportar bem, porque você vai morrer da forma que você viveu. Se você viveu bem, a morte vai ser boa. Se você não viveu bem, a morte não vai ser boa e você acaba ficando muito apegado ao corpo. E aí custa desligar, isso pode levar dias, meses ou séculos”, conta.