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Yan Inácio
Publicado em 14 de maio de 2025 às 18:11
Antes do desencarne, o líder espiritual Divaldo Franco, que morreu aos 98 anos, na noite desta terça-feira (13), pediu que seu corpo fosse enterrado sem velório, nem cortejo de carro aberto. Mas, por conta da sua popularidade, pessoas próximas o convenceram a permitir que uma cerimônia fosse realizada. No entanto, ele pediu que o caixão ficasse fechado durante a celebração de sua partida.>
É o que conta Mário Sérgio Pintos, presidente da Mansão do Caminho, obra social localizada em Pau da Lima e construída há 70 anos por Divaldo Franco e Nilson de Souza Pereira (1924-2013). Apesar de ter recebido diversas homenagens ao longo do tempo em que viveu, o médium não gostava das honrarias.>
“Divaldo recebeu títulos de cidadania de mais de 50 cidades e ordens, e ele nunca aceitou nenhuma homenagem. Todas que chegavam, ele transferia para a doutrina espírita”, explica Mário Sérgio. >
Dessa forma, a opção por manter o caixão fechado estava ligada a uma preferência pela não adoração ao seu corpo físico. “Acho que, quando ele terminou a vida, [falou:] ‘me coloque no caixão, feche o caixão, consummatum est'. Terminou”, acrescenta.>
"Consummatum est" em latim significa "está consumado". É uma expressão que indica a finalização de um ato, processo ou situação, frequentemente usada no contexto religioso, particularmente para referir-se às últimas palavras de Jesus na cruz. >
“A gente fez isso aqui porque é inevitável. É o que tem que ser feito para uma figura como a que ele plantou, mas o desejo dele era que não tivesse nada disso aqui”, revela o presidente da Mansão.>
As homenagens a Divaldo Franco acontecem até as 20h desta quarta-feira (14), no ginásio de esportes da Mansão do Caminho em Pau da Lima. O sepultamento será realizado na quinta-feira (15), no Cemitério Bosque do Paz em Nova Brasília.>