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Leonardo Martinez: 'Vamos fazer valer a expressão 'O Bahia é o Mundo''

Advogado e presidente do Conselho Deliberativo do clube é candidato à presidência do tricolor

Publicado em 28 de novembro de 2023 às 16:35

Leonardo Martinez, candidato à presidência do Bahia
Leonardo Martinez, candidato à presidência do Bahia Crédito: Divulgação

Com 40 anos de idade, Leonardo Martinez já trabalha nos bastidores do Bahia há um tempo. Foi ele o presidente do Conselho Deliberativo do clube nos últimos três anos, função na qual afirma ter orgulho de ter feito e diz esperar a construção de um legado semelhante na presidência do Esquadrão. Ele é um dos candidatos para a eleição que acontece no próximo sábado (2).

Com experiência no terceiro setor, como vice-presidente da Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA-BA), o advogado ressalta o desejo de fazer com que a expressão "O Bahia é o Mundo" chegue de forma institucional e prática ao clube.

No dia 2 de dezembro, cerca de 7,8 mil sócios do Bahia poderão escolher o presidente e o conselho deliberativo do clube para o triênio 2024-2026 que, como associação, detém 10% dos direitos da SAF e tem o dever de fiscalizar e garantir o cumprimento do contrato assinado com o Grupo City.

Confira abaixo a entrevista de Leonardo Martinez ao CORREIO.

O Bahia Associação tem muito menos sócios que a SAF. De que forma você pretende trabalhar para alavancar esse número?

Tenho um plano de gestão com dez pilares, e dois desses falam justamente do relacionamento com o sócio e da ampliação do alcance territorial dos sócios. Através dessa ampliação, nós vamos fortalecer os sócios do interior e as embaixadas de todo o Brasil, para justamente fazer valer a expressão “O Bahia é o mundo”. Vale no marketing, no amor, mas não valoriza os torcedores e sócios do interior e dos outros estados. Através desse fortalecimento, esses sócios devem ter senso de pertencimento. Vamos utilizar os ídolos, fortalecê-los para que sejam mais presentes nessas ações do clube, tanto em Salvador quanto no interior. Isso deve aumentar tanto o senso de pertencimento quanto a Associação. Nós iremos também, em parceria com a própria SAF, promover ações que gerem benefícios para os sócios conectados com a SAF e a Associação, sem falar no clube de vantagens que vamos criar e ampliar para os sócios do Bahia.

Como você avalia a gestão da Associação, principalmente nesse primeiro ano de SAF?

Considero que, nos últimos meses, a diretoria poderia ter realizado mais ações pensando na Associação, de modo que entendo que é compreensível uma ausência mais visível de ações, mas nos últimos meses, já tendo efetuado todos os procedimentos (de regularização da SAF), a Diretoria Executiva poderia se dedicar mais à Associação, inclusive promovendo ações de estrutura para a próxima gestão.

Qual é a principal ação a ser tomada de imediato na gestão da Associação?

De imediato, melhorar a comunicação entre o torcedor e o Esporte Clube Bahia. Fiscalizar o contrato com a SAF, estreitar o relacionamento entre SAF e Esporte Clube Bahia, criando um canal de comunicação com o torcedor, iniciar o programa das embaixadas e dos ídolos, bem como iniciar o debate em relação aos esportes que a Associação vai abraçar. Para isso, será necessário ouvir os sócios, iniciar projetos de viabilidade econômica e também buscar a estrutura documental e de ajustes normativos do clube para captação de recursos no setor público, através dos termos de fomento, e obviamente buscar também as parcerias privadas, porque o Bahia é uma marca forte, atrativa e que toda empresa quer se associar. Buscar todos os grupos políticos para somar, ter alinhamento e união em prol dessa nova fase do Esporte Clube Bahia.

Sem a gestão do futebol, o trabalho da Associação fica um pouco mais longe dos holofotes. De que maneira você pretende comunicar o trabalho da diretoria para o torcedor sem que pareça algo chato e burocrático?

Em relação ao futebol, em que pese o controle do futebol ser do Bahia SAF, o Esporte Clube Bahia tem 10% dos direitos, tem sim uma interlocução não só de fiscalizar, mas também de colaborar. Utilizar a primeira paixão que temos como atrativo, que é o futebol, para ter esse canal com o torcedor, e demonstrar que essas sugestões vão chegar na SAF. Além disso, utilizaremos nossa sede de convivência, que consta no nosso projeto, para desenvolver atividades sociais de interesse público, atividades educacionais, de esporte e lazer envolvendo o quadro de sócios. Utilizar também os ídolos para atrair o público para essas atividades presenciais, seja em Salvador ou nas embaixadas no interior.

Quais outros esportes estão em pauta como prioridade de desenvolvimento do clube?

Do ponto de vista do estatuto, os esportes devem partir de um projeto que tenha viabilidade econômica e da aprovação do Conselho Deliberativo. Precisamos trabalhar um esporte que gere engajamento. Óbvio que pensamos em diversos esportes, como basquete, boxe, natação, maratonas aquáticas, esses últimos dois são esportes que têm uma viabilidade financeira maior em função da possibilidade de parceria pública, mas tudo isso são ideias de esportes que imaginamos que tenha um maior engajamento. O sócio precisa ser consultado, uma pesquisa precisa ser realizada e verificada a viabilidade financeira da implementação dos esportes. Isso será feito de forma prioritária e teremos uma associação pulsante do ponto de vista esportivo.

De que forma você imagina que o fomento a esses esportes pode aproximar o torcedor do clube?

Essencialmente, o torcedor abraça a marca Bahia em qualquer esporte que se envolver. O Bahia é um clube de massa. Com uma pesquisa de mercado e consulta aos sócios bem feita, teremos ainda mais esse senso de engajamento do torcedor. Utilizar a paixão do torcedor com a pesquisa e a consulta aos sócios sendo bem feita que será uma fórmula de sucesso garantido.

Por falar em torcida, há anos se fala da relação do Bahia com o interior do estado. Como você planeja uma melhor difusão do clube pelo território baiano?

Essa é uma situação que entendo como prioritária. A ideia é verificar os potenciais de cada região. Por exemplo, estive em Ilhéus e foi identificado um interesse grande dos torcedores na canoagem. Dá para perceber que a exploração de atividades esportivas pode ser segmentada pelo interesse de cada localidade. O objetivo é fazer uma pesquisa para entender o perfil de cada torcedor em cada localidade e, a partir disso, desenvolver atividades que gerem engajamento nas localidades específicas. As embaixadas serão muito importantes para entender o perfil de cada torcedor. O compromisso maior é fazer com que o Esporte Clube Bahia esteja representado em cada ponto do estado e do país através das embaixadas. Elas serão representações oficiais do Esporte Clube Bahia.

Você estabeleceu metas macro para cada ano de sua gestão? Quais são elas?

No primeiro ano, deveremos ter a escolha do esporte e adequação documental do Bahia para recebimento de recursos, bem como dar o início de funcionamento da nossa sede social em Salvador. No segundo ano, já o funcionamento competitivo do esporte escolhido e o projeto de aquisição da sede própria. E no terceiro ano, ter de fato a sede própria, já com o recurso alocado e ter o Bahia campeão da modalidade principal escolhida.

De que forma seu plano de gestão será afetado com um eventual rebaixamento do Bahia?

O rebaixamento do Bahia gera um impacto de diminuir o engajamento do torcedor de forma geral. Nós vamos trabalhar com a reeducação do sócio e do torcedor para demonstrar a diferença entre a Associação e o futebol, sempre lembrando que o futebol é importantíssimo. E mais do que isso, mostrar ao sócio a importância que ele fortaleça a associação, pensando inclusive no futebol, porque vai ser de uma associação forte que teremos uma força representativa ainda maior junto à SAF. Além disso, utilizar a cultura do torcedor do Bahia de não abandono nas piores situações para atrair esse público e mostrar que juntos, somos mais fortes.

Qual você considera que é seu grande feito como presidente do Conselho Deliberativo nesse triênio?

Graças a Deus, sou um presidente que tenho muitos feitos históricos e positivos. Eu fui o presidente responsável pela expulsão de Marcelo Guimarães Filho e Ruy Accioly, processo que tramitava desde 2014. Fui o presidente que conduziu o acordo com o Banco Opportunity, o processo da SAF, que em uma gestão, realizou reforma estatutária e reforma dos diplomas legais do clube e do conselho deliberativo, tendo um conselho deliberativo plural, com dez grupos, formado por grupos de situação e oposição, e que consegue chegar ao final de seu mandato sem nenhuma nulidade, impugnação ou auto-convocação.

Como você planeja fazer a comunicação com o torcedor na imprensa enquanto presidente?

Esse é um ponto crítico que tenho a essa gestão. É preciso ter um contato mais franco e direto com o torcedor, e tenho uma característica de me comunicar muito, enquanto presidente do conselho, com o torcedor e acho indispensável. É um compromisso que assumo de ter esse canal de comunicação direto com o sócio, seja através de meios institucionais do Bahia ou através da imprensa ou mídia alternativa, que são parceiros indispensáveis para que o sócio saiba como pensa, como está agindo o presidente da Diretoria Executiva do clube.

O que você quer deixar como principal legado para o clube ao fim do triênio?

Chegar ao final do meu mandato e olhar com o mesmo orgulho que sinto quando chego hoje no final de mandato no Conselho Deliberativo. Olhar para trás e ver que tenho o sentimento de dever cumprido, assim como tive como vice-presidente da Associação Amigos do Autista da Bahia. Certamente isso vai me dar muito orgulho, de ter contribuído para a história do meu clube do coração.