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O passado pouco conhecido de Pedro Bial como jogador da seleção

Muito antes da fama na TV, Pedro Bial era destaque nas quadras do Rio

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 05:59

Pedro Bial na época de jogador e atualmente
Pedro Bial na época de jogador e atualmente Crédito: Cores do Passado e Divulgação/TV Globo

Poucos sabem, mas a trajetória de Pedro Bial poderia ter seguido por um caminho completamente diferente. Antes de se tornar um dos rostos mais conhecidos da televisão brasileira, o então jovem do Fluminense despontava como promessa do basquete nacional, a ponto de vestir a camisa da seleção juvenil.

Quem revela é o irmão mais velho, o técnico Alberto Bial, figura conhecida das quadras brasileiras. Em entrevista concedida em 2021 ao Uol Esporte, ele relembrou o talento precoce de Pedro com a bola nas mãos. “Quando ele veio dos Estados Unidos, era o melhor jogador juvenil do Rio na época”, contou.

A história começa nas quadras do Rio de Janeiro, onde os irmãos se apaixonaram pelo esporte ainda adolescentes. Pedro era seis anos mais novo que Alberto, mas rapidamente chamou atenção. O Fluminense foi sua casa esportiva, e ali o futuro jornalista se destacava pela liderança e força física. “Ele jogou high school lá e voltou um cavalo de forte, jogando muito, titular da seleção carioca juvenil e capitão do Fluminense”, recordou o irmão.

Os irmãos Bial por Acervo Pessoal

O intercâmbio a que Alberto se refere aconteceu em Pittsburgh, nos Estados Unidos, durante a adolescência de Pedro, um período dedicado exclusivamente a aprimorar o jogo. A experiência foi decisiva para colocá-lo entre os melhores da categoria.

Mesmo com a proximidade e a admiração mútua, os irmãos Bial chegaram a se enfrentar em quadra uma única vez - e o duelo virou história de família. “Eu joguei só uma vez contra o Pedro. E, nesse jogo, o técnico adversário, do Fluminense, colocou ele pra marcar box one em mim, aquela marcação em que só um é marcado individual”, contou Alberto, rindo da lembrança.

“Aí ficamos às turras... Ele com muita saúde, eu 6 anos mais velho, e ele liquidou comigo, fiz muito pouco naquele jogo. Acabei discutindo com ele, mas quando chegou à noite - dormíamos no mesmo quarto - estava tudo certo. Amizade e fraternidade muito grandes até hoje. O grande amigo da minha vida.”

Apesar do potencial para seguir no esporte profissional, o destino de Pedro acabou sendo outro. Ainda jovem, ele foi aprovado em um concurso para a Rede Globo e convocado para trabalhar em uma afiliada, ponto de virada definitivo. “O Pedro parou de jogar porque passou no concurso da Rede Globo, foi chamado para trabalhar numa afiliada, e aí começou essa carreira linda de jornalista, apresentador, de tudo, né?”, disse Alberto. “O jornalismo nos roubou um grande jogador de basquete, mas nos deu, no meu entender, um dos maiores jornalistas da história do Brasil.”

Enquanto Pedro seguiu o caminho da comunicação, Alberto consolidou seu nome como um dos técnicos mais respeitados do país, à frente de equipes como o Fortaleza/Basquete Cearense, no NBB.

Mas o basquete segue presente na rotina da família. O filho de Pedro, José Pedro, herdou o talento e também jogou até a categoria juvenil. “O Zé Bial jogou até juvenil. Agora, na fase adulta, ele está priorizando o estudo do cinema, da faculdade... E joga muito! Poderia jogar profissionalmente tranquilamente”, contou Alberto.

Hoje, longe das quadras competitivas, o jornalista mantém o hábito como lazer. Em sua casa no Rio de Janeiro, há uma miniquadra onde ele costuma se reunir com o irmão e o filho para algumas partidas.