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Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2021 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
Dados divulgados na última semana pela Agência Nacional de Mineração (ANM) mostram que a Bahia foi o estado que mais investiu em pesquisa mineral nos anos de 2019 e 2020. Mais de R$600 milhões foram investidos tanto durante a fase de autorização de pesquisa, quanto durante a fase de lavra.>
Ao longo dos últimos dez anos - de 2010 a 2020 - foram mais de 1,8 bilhões de investimento em pesquisa mineral o que de acordo com o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, reflete no resultado que a mineração vem mostrando.“Estávamos em quinto lugar na arrecadação de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) e hoje já disputamos com Goiás a terceira posição. Sem dúvida isso é reflexo do foi e continua sendo investido na pesquisa”, ressalta Tramm.Conforme os dados, disponíveis no novo anuário interativo da ANM, divulgado pelo órgão no dia 10 de novembro, mais de 80% de tudo que foi investido nos últimos dois anos foi concentrado nos municípios de Juazeiro (30,60%), Jaguarari (20,90%), Itagibá (18,55%) e Jacobina (12,68%). Dentre as substâncias pesquisadas, o cobre lidera os índices com mais de 44,65% de investimentos, seguidos pelo ouro com 18,06% e pelo níquel com 17,43%.>
O investimento em pesquisa é um passo fundamental para o sucesso da produção mineral, no entanto o Brasil ainda investe pouco no seu conhecimento geológico. Mesmo liderando os índices, os investimentos em pesquisa ainda são entraves para impulsionar ainda mais a produção mineral do estado e também do país. Conforme o presidente da CBPM, os valores ainda não são o suficiente para gerar um maior dinamismo ao trabalho e é preciso uma atenção maior do governo para isso.“Acho um absurdo não existir no país incentivo para pesquisa mineral, como por exemplo através de dedução fiscal. É preciso que o governo tome providências quanto ao título minerário, permitindo que ele seja utilizado como garantia de financiamento. Pois, o mercado de pesquisa não pode ficar na mão apenas de grandes empresas. É preciso incentivar a atuação do médio e pequeno empresário”, enfatiza Tramm. Pesquisas da CBPM servem de base para novos investimentos>
A CBPM é hoje a única empresa estadual de pesquisa mineral do país. Seu trabalho é fazer o “reconhecimento” das riquezas minerais do estado e incentivar a vinda de novas empresas para produção mineral. Graças, em grande parte, às pesquisas da empresa nos últimos 49 anos, a Bahia é hoje um dos estados mais bem estudados e conhecidos geologicamente do país. >
São mais de 70 publicações técnicas, ao longo de 48 anos de história, com destaque para trabalhos como “Geologia da Bahia” e “Geofísica da Bahia”, que funcionam como grandes instrumentos de estudo e prospecção mineral. Toda essa pesquisa põe em destaque a grande diversidade de seus ambientes geológicos, ricos em depósitos minerais, uma variedade de quase 50 tipos diferentes de substâncias, além das rochas mais antigas da Terra, com idades que chegam a 3,5 bilhões de anos.>
Só em 2021 a empresa fechou seis licitações superando os dois últimos anos. A CBPM concluiu com sucesso licitações para produção de níquel, cobre e cobalto, nos municípios Campo Alegre de Lourdes e Pilão Arcado, produção de fosfato, em Campo Alegre de Lourdes e quatro editais para produção de argila, nos municípios de Alagoinhas, São Sebastião do Passé e Camacã e lançou na semana passada edital para licitação de área para produção de esmeraldas em Pindobaçu.>
Este conteúdo tem apoio institucional da CBPM e WWI e oferecimento da Mineração Caraíba>